EUA acusam Pequim de não respeitar compromissos sobre segurança marítima

© AFP 2023 / Bill WechterFragata chinesa Yancheng em San Diego, durante uma visita da Marinha da China à Califórnia, em 6 de dezembro de 2016
Fragata chinesa Yancheng em San Diego, durante uma visita da Marinha da China à Califórnia, em 6 de dezembro de 2016 - Sputnik Brasil
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Militares dos EUA acusaram a China de não honrar compromissos após não comparecer às reuniões virtuais sobre segurança marítima, mas Pequim se defende dizendo que Washington insiste em promover "uma agenda unilateral".

Nesta semana, dos dias 14 a 16 de dezembro, foram programadas reuniões virtuais entre a China e os EUA incluindo pautas relacionadas com o Acordo Consultivo Marítimo Militar (MMCA, na sigla em inglês). O encontro seria virtual devido à pandemia do coronavírus. Porém, as reuniões não aconteceram.

O almirante Phil Davidson, chefe do Comando Indo-Pacífico dos Estados Unidos, diante do não comparecimento da China, disse que o episódio "deveria servir como um lembrete para todas as nações enquanto buscam acordos com a China daqui para frente".

Enquanto isso, a Marinha da China responde dizendo que deu sugestões aos EUA para a reunião no mês passado, em 18 de novembro.

"No entanto, os Estados Unidos insistiram em promover sua agenda unilateral", disse o coronel naval Liu Wensheng, da Marinha do Exército de Libertação Popular (ELP). 

Os EUA encurtaram e mudaram "arbitrariamente" a natureza da reunião, "até mesmo tentando nos forçar a participar da reunião antes que os dois lados chegassem a um acordo sobre os tópicos", explicou Liu, citado pela Reuters.

"Essas abordagens pouco profissionais, hostis e não construtivas mostraram o estilo de intimidação dos Estados Unidos", enfatizou Liu.

Segundo o coronel, Pequim atribui grande importância às consultas de segurança militar marítima sino-americana, acrescentando que esperava que os dois estados pudessem chegar a um acordo "o mais rápido possível sobre assuntos relevantes, para promover a abertura das reuniões sem problema".

O almirante norte-americano também pediu ao ELP para continuar um diálogo de segurança operacional.

A última troca de acusações ocorreu em meio à deterioração dos laços entre os dois países sobre as reivindicações territoriais de Pequim no mar do Sul da China, bem como as vendas de armas dos EUA a Taiwan e disputas sobre a posição de Washington em relação às empresas chinesas de tecnologia que operam nos EUA.

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