Pressão militar dos EUA sobre Pequim pode impulsionar modernização da Marinha da China, diz jornal

© AP Photo / Marinha dos EUA / Especialista de comunicação em massa de 2ª classe Kaila V. PetersNavios dos EUA e Japão realizando exercícios no mar do Sul da China
Navios dos EUA e Japão realizando exercícios no mar do Sul da China - Sputnik Brasil
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A China deve usar a pressão militar dos EUA na região Ásia-Pacífico como força motriz para modernizar a sua Marinha, apontam especialistas militares.

Durante o fórum anual de Defesa em Washington, que se realizou na semana passada, Mark Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto, disse que o Pentágono precisa implantar forças em toda a região e adotar armas e tecnologias avançadas para impedir que a China assuma o controle do Pacífico Ocidental.

"Se você está falando sério sobre a grande competição e sobre impedir uma guerra entre grandes potências, se você está falando sério sobre ter capacidade dominante sobre algo como a China […] 500 [navios até 2045] são provavelmente o seu bilhete de entrada", afirmou Milley.

Lu Li-Shih, ex-instrutor da Academia Naval de Taiwan em Kaohsiung, disse por sua vez que as novas implantações militares e estratégias dos EUA mostram que o país está determinado a reforçar sua vantagem sobre o Exército chinês, aponta o South China Morning Post.

"Uma China em ascensão é sempre a maior ameaça estratégica para os EUA", disse.

"A Marinha do EPL já encomendou mais navios em resposta ao plano de 500 embarcações dos EUA", ressaltou Lu Li-Shih, em alusão a um relatório divulgado no mês passado segundo o qual a China planeja construir 20 fragatas de mísseis guiados Type 054A.

"A fim de completar a sua segunda fase de modernização militar, o EPL precisa construir mais porta-aviões, destróieres, fragatas e outros navios para reduzir a diferença em relação aos EUA", comentou.

Segundo Zhou Chenming, um especialista militar chinês, o estreito de Taiwan e o mar do Sul da China são as áreas onde pode ocorrer um conflito entre as duas potências mundiais, enquanto Taipé e vários países do Sudeste Asiático saúdam o envolvimento americano.

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