Bases militares de Pequim no mar do Sul da China são vulneráveis a ataques inimigos, aponta mídia

© AP Photo / XinhuaBombardeiro H-6K patrulha o mar do Sul da China
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As bases militares são bem pequenas, muito distantes da China continental e vulneráveis a potenciais ataques inimigos, segundo relata a revista Naval e Merchant Ships.

De acordo com o South China Morning Post, que cita a revista, os territórios tiveram um papel irrefutável na reivindicação das pretensões de Pequim sobre quase toda a totalidade do mar do Sul da China.

Para reforçar as suas reivindicações ao longo dos anos, Pequim vem transformado as ilhas e recifes no mar do Sul da China em bases militares e aeródromos.

Embora sejam vantajosas para coleta de dados de inteligência e para reconhecimento, as suas fraquezas estruturais podem potencialmente torná-las indefesas se forem atacadas, além disso, suas bases contariam com pouca utilidade em um conflito.

"Estas ilhas artificiais dispõem de vantagens únicas para assegurar a soberania chinesa e para manutenção de uma presença militar em alto mar, mas têm desvantagens naturais em sua autodefesa", aponta revista.

Em primeiro lugar, as bases remotas e isoladas estão longe do continente e, como tal, torna-se difícil protegê-las e fornecer suprimentos em um eventual ataque. Por exemplo, uma das bases está implantada no recife Fiery Cross. Para um navio de suporte cobrir uma área de 1.000 km na direção das instalações a partir de um local de reabastecimento mais próximo na ilha da Hainan, seriam necessárias cerca de 20 horas.

"Mesmo se a frota de apoio navegar na sua velocidade máxima, demorará mais de um dia para chegar ao destino", destaca revista.

Em segundo lugar, as bases também são vulneráveis a potenciais ataques inimigos, sendo que os caças chineses J-16 não tem o alcance suficiente para patrulhar a área de forma eficaz.

© REUTERS / U.S. Navy/Handout via ReutersChina constrói ilhas artificiais no arquipélago Spratly
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China constrói ilhas artificiais no arquipélago Spratly

Por último, a posição de baixa altitude das ilhas e a escassez de proteção natural significam que tais fenômenos, como as marés altas e as tempestades, serão um grande desafio, além de não possuir defesas contra um possível ataque de mísseis.

"Os abrigos da ilha carecem de vegetação, rochas naturais, solo e outras espécies de cobertura. A altitude é baixa, enquanto o nível de águas subterrâneas é elevado. O contingente de pessoas e os suprimentos não podem ser armazenados no subsolo durante muito tempo".

Pequim reivindica a soberania sobre 90% do mar do Sul da China, inclusive sobre as Ilhas Paracel, porém, estas são disputadas por várias outras nações do Sudeste Asiático.

Os EUA e seus aliados, como o Reino Unido e o Japão, insistem em seu direito de liberdade de navegação na zona, ignorando os protestos por parte da China durante a passagem de suas embarcações militares.

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