A Campanha Internacional para Abolir as Armas Nucleares (ICAN, na sigla em inglês) anunciou a entrada em vigor do Tratado de Proibição de Armas Nucleares no próximo ano, após sua ratificação pelas Honduras.
"Em 24 de outubro de 2020, o Tratado da ONU sobre a Proibição de Armas Nucleares atingiu os 50 Estados participantes necessários para sua entrada em vigor, com a ratificação pelas Honduras, um dia depois que a Jamaica e Nauru enviaram suas ratificações", informou a ICAN.
O tratado entrará em vigor em 22 de janeiro de 2021, e "consolidará a proibição absoluta das armas nucleares 75 anos após seu primeiro uso".
Para o chanceler hondurenho Lisandro Rosales, que assinou o instrumento de ratificação, este foi "um dia histórico".
Por sua vez, o presidente austríaco Alexander Van der Bellen parabenizou as Honduras e as outras partes do tratado, assinado em julho de 2017.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, agradeceu aos países que ratificaram o documento, saudando "o trabalho da sociedade civil".
"A entrada em vigor é uma forma de respeito aos sobreviventes das explosões e testes nucleares, muitos dos quais se manifestaram a favor do tratado", reagiu o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, em uma declaração.
Oposição ao tratado
A agência Associated Press informou na quinta-feira (22) que os EUA enviaram uma carta aos países signatários pedindo que não o ratificassem e descrevendo a iniciativa como "um erro estratégico".
De acordo com a carta, as cinco potências nucleares (EUA, Rússia, China, Reino Unido e França) e os parceiros da OTAN, "estão unidos em sua oposição às possíveis repercussões" do tratado.
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