Atividade de Washington no mar do Sul da China cria risco para aviação, avaliam especialistas

© REUTERS / Marinha dos EUAExercício militar no mar do Sul da China entre os EUA e Japão
Exercício militar no mar do Sul da China entre os EUA e Japão - Sputnik Brasil
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Crescente atividade de reconhecimento de Washington no mar do Sul da China pode "provocar acidentes ou erros de julgamento", alertou uma fonte próxima do Exército de Libertação Popular chinês.

A Força Aérea dos EUA está criando riscos para os voos comerciais sobre o mar do Sul da China ao realizar missões de reconhecimento perto da costa do país asiático, informou nesta quarta-feira (12) o jornal South China Morning Post, citando uma fonte próxima do Exército de Libertação Popular (ELP) da China.

As Forças Armadas dos EUA têm vários tipos de aviões de reconhecimento desenvolvidos com base em aviões comerciais. Essas aeronaves geralmente seguem os voos da aviação civil como cobertura quando se aproximam do espaço aéreo da China, revelou a fonte chinesa.

© AP Photo / Bullit MarquezPorta-aviões norte-americano Theodore Roosevelt no mar do Sul da China
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Porta-aviões norte-americano Theodore Roosevelt no mar do Sul da China

Ultimamente, os EUA intensificaram suas atividades de reconhecimento perto da costa sul da China. Um recente incidente ocorreu em 5 de agosto, com um avião E-8C dos EUA, que fez com que o ministro da Defesa chinês, Wei Fenghe, ligasse e conversasse com o seu homólogo norte-americano, Mark Esper, por 90 minutos.

Segundo a fonte do jornal chinês, o E-8C – criado a partir de um avião comercial – foi identificado inicialmente pelo sistema de radares do controle aéreo chinês como sendo um avião civil e somente depois ficou claro que se tratava de uma aeronave militar dos EUA.

"É possível provocar acidentes ou erros de julgamento em meio às crescentes tensões entre os militares chineses e norte-americanos", salientou a fonte, agregando que o mar do Sul da China é "um dos espaços aéreos internacionais mais concorridos do mundo, o que pode colocar em perigo as aeronaves civis".

Com esse ponto de vista, o ex-instrutor da Academia Naval de Taiwan em Kaohsiung, Lu Li-Shih concorda. "A Guerra permite o erro. Existiram vários acidentes que ocorreram quando as tropas terrestres de defesa antimísseis não puderam verificar cuidadosamente os aviões intrusos", explicou Lu.

Por sua vez, Collin Koh, pesquisador do Instituto de Defesa e Estudos Estratégicos de Singapura, opina que devido a todos os departamentos do controle aéreo, tanto militares como civis, utilizarem sinais de "identificação de amigo ou inimigo" baseados em radares para verificar aeronaves, os problemas de segurança não deveriam ser motivo de preocupação se os aviões militares se mantivessem a uma distância segurança dos voos civis.

"Uma vez que o E-8C em si não é um grande avião, a tripulação estará preocupada com a segurança, além de cumprir com êxito sua missão", comentou Koh.

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