Pequim constrói rede de vigilância no mar do Sul da China, diz Forbes

© Foto / Pixabay / scholty1970Um radar (imagem referencial)
Um radar (imagem referencial) - Sputnik Brasil
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Marinha chinesa está construindo vasta rede de plataformas com sensores, radares e sonares, tanto em suas águas territoriais quanto em internacionais do mar do Sul da China, segundo mídia.

As plataformas contam com diferentes tecnologias que oficialmente são instaladas para o uso civil.

Contudo, em sua publicação na revista Forbes, o especialista em defesa H. I. Sutton acredita que tais plataformas poderiam ser usadas facilmente para objetivos militares.

"Sendo ostensivamente civis, estas [plataformas] podem ser vistas como parte dos esforços da Marinha chinesa para controlar o mar do Sul da China. É irrealista assumir que os dados de seus sensores não podem ser acessados pela Marinha chinesa para propósitos militares", escreveu o especialista.

Contudo, Sutton também afirma que as plataformas poderiam ser somente a parte visível de uma rede de sensores submarinos, invisíveis às embarcações de superfície.

Plataformas com sensores

Entre as tecnologias presentes nas plataformas foram citados sensores eletro-ópticos e de infravermelho, mastros de redes celulares e de rádio de alta frequência, enquanto os radares aparentam ser os sensores primários, ocupando posição de destaque nas estruturas flutuantes.

Desta forma, a China pode ter ampliado consideravelmente seu campo de vigilância por radar, tendo uma rede de sensores que vão desde Hainan até suas bases nas ilhas Paracel e Spratly.

© AP Photo / Iniciativa de Transparência Marítima da Ásia do CSIS/DigitalGlobe Imagem de satélite mostrando o recife de Fiery Cross no arquipélago Spartly no mar do Sul da China, onde Pequim teria construído instalações em 2017, segundo o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS)
Pequim constrói rede de vigilância no mar do Sul da China, diz Forbes - Sputnik Brasil
Imagem de satélite mostrando o recife de Fiery Cross no arquipélago Spartly no mar do Sul da China, onde Pequim teria construído instalações em 2017, segundo o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS)

Além de não necessitarem da presença humana, as plataformas também requerem pouca manutenção, segundo Sutton.

Ainda se referindo à dita rede de sensores submarinos, o especialista afirma que esta é chamada de Grande Muralha Submarina, tendo sonares no leito marinho se assemelhando ao sistema norte-americano SOSUS, implantado pela Marinha americana durante a Guerra Fria.

Embora seja reportada a existência de tal rede de sensores submarinos, suas localizações seriam de cunho militar, não podendo ser reveladas ao público.

Território disputado

A rede de sensores é instalada em uma região fortemente disputada também por Filipinas, Vietnã, Malásia, Brunei e Taiwan.

Por sua vez, a China reclama como parte de seu território marítimo toda a área, incluindo ilhas e recifes que de fato pertenceriam a outros países, acrescentou Sutton.

​Nesta postagem nós usamos dados de OSINT para olhar para a base da China no recife de Hughes, localizado nas disputadas ilhas Spratly no mar do Sul da China. A base, um pequeno posto avançado antes de 2015, foi transformada em uma base militar totalmente completa.

Apesar de instalar tais tecnologias em suas águas litorâneas, a China estaria também ampliando tal rede em águas internacionais, mas ela afirma se tratar de território seu.

Comentando o assunto, Collin Koh, especialista da Escola de Estudos Internacionais S. Rajaratnam, Singapura, ressaltou a sensibilidade da questão.

"Esta zona engloba na totalidade áreas sensíveis [...] Hainan é uma base crucial para a Marinha chinesa, não só por ser um centro naval, mas também por ser a dissuasão marítima nuclear do país", disse Sutton citando Koh.

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