Japão cancela plano de instalar sistema de mísseis interceptores dos EUA

© flickr.com / US Army Corps of Engineers Europe DistrictO sistema de defesa antimíssil Aegis Ashore na Roménia
O sistema de defesa antimíssil Aegis Ashore na Roménia  - Sputnik Brasil
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O ministro da Defesa do Japão, Taro Kono, anunciou nesta quinta-feira (25) que Tóquio desistiu do plano de implantar o sistema de defesa antimíssil norte-americano Aegis Ashore em Akita e Yamaguchi.

A decisão foi tomada nesta quarta-feira (24) pelo Conselho de Segurança Nacional, liderado pelo primeiro-ministro Shinzo Abe, detalhou Kono em uma reunião sobre questões de segurança com os legisladores do Partido Liberal Democrático.

"Como resultado de uma discussão no Conselho de Segurança Nacional, foi decidido cancelar a instalação do Aegis Ashore nas prefeituras de Yamaguchi e Akita", afirmou Kono, citado pela emissora NHK.

Ao mesmo tempo, Kono advertiu que os destróieres japoneses dotados do sistema naval Aegis resultam insuficientes para garantir a segurança do Japão perante as ameaças de mísseis.

"Devemos analisar agora como atuar a médio e longo prazo", ressaltou o ministro, que havia observado que seu país renunciaria ao Aegis Ashore devido, entre outros fatores, a seu custo, prazos de desenvolvimento e uma série de problemas técnicos.

O ministro argumentou que é preciso demasiado tempo e grandes recursos financeiros para assegurar que os aceleradores dos mísseis interceptores caiam nas áreas de lançamento, sem colocar em risco as zonas residenciais.

O Japão aprovou a instalação de dois sistemas Aegis Ashore em seu território em 2017, quando estava sob ameaça dos mísseis norte-coreanos.

A instalação dos sistemas em Akita e Yamaguchi, prevista para 2023, permitiria proteger todo o território do país insular, enquanto o custo, segundo os cálculos, seria de aproximadamente US$ 890 milhões (R$ 4,7 bilhões) por sistema.

A Rússia observou em diversas ocasiões que estes planos do Japão poderiam pôr em causa a estabilidade estratégica na região e dificultar as negociações do tratado de paz, um assunto pendente entre Moscou e Tóquio desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

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