Silenciosa e precisa: EUA podem desenvolver nova arma para avião AC-130

© AFP 2023 / Força Aérea dos EUAAvião de ataque ao solo AC-130 da Força Aérea dos EUA
Avião de ataque ao solo AC-130 da Força Aérea dos EUA - Sputnik Brasil
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Uma nova arma silenciosa, precisa e mortal será instalada na aeronave de combate AC-130. Trata-se de um sistema a laser de 60 quilowatts, que deve ser integrado até 2022.

Especialistas ocidentais afirmam que o sistema a laser permitirá atingir alvos desarmados no solo de maneira silenciosa, além de reduzir a poeira.

A aeronave AC-130 passa por modernização desde 2015. Durante esta modernização, foram fabricadas munições guiadas de grande calibre, mísseis, munição ajustável para canhões de 30 milímetros e dois sistemas a laser, que podem gerar 120 e 60 quilowatts.

O laser poderá lidar com alvos levemente blindados, aeronaves, helicópteros e infantaria. O sistema também pode agir de forma não letal, servindo para cegar soldados inimigos.

Entretanto, a instalação do sistema ocuparia quase toda a fuselagem da aeronave, sendo assim os militares norte-americanos optaram pelo laser de menos potência, de 60 quilowatts, que foi projetado para destruir veículos civis.

"O AC-130 tem um canhão de 30 milímetros, preciso como um rifle sniper, bem como diversas outras armas de alta tecnologia [...] Contudo, o laser fornecerá novas oportunidades ao canhão [...]", afirmou Tom Palenske, coronel do Comando de Operações Especiais da Força Aérea dos EUA, acrescentando que o sistema permitirá fazer um furo no motor de um veículo de maneira discreta, sem ruídos ou clarões.

O Pentágono também afirma que o modernizado AC-130 será capaz de lidar com drones, cegar a ótica dos blindados e destruir mísseis de cruzeiro em voo.

Apesar de toda expectativa e da confiança do Pentágono, alguns especialistas afirmam que essas tecnologias são uma utopia inacessível em um futuro próximo.

"Existem diversos obstáculos em torno da criação de um laser de combate aéreo [...] Não há fonte de energia suficiente em um avião. Além disso, é preciso ter um sistema de refrigeração adequado. Chuva, nevoeiro, neve, nuvens, temperatura do ar, altitude e até mesmo o vento podem afetar consideravelmente a eficiência do laser", explicou Viktor Murakhovsky, editor-chefe da revista militar Arsenal Otechestva.

Ele destacou que diversos países trabalham em sistemas a laser desde os anos 1960, mas ninguém conseguiu transformá-los em um sistema eficaz de combate.

"Eu não acredito que os norte-americanos desenvolvam um laser de combate para o AC-130. Eles já tentaram algo parecido, mas não deu resultado", ressalta.

Anteriormente, os EUA lançaram uma aeronave Boeing YAL-1 com laser químico, em 2002. Durante os testes, a aeronave eliminou com êxito seus alvos, mas o projeto foi encerrado em 2011, devido aos altos custos.

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