França lança míssil M51 para reafirmar sua capacidade de dissuasão nuclear

© AP Photo / Força Aérea dos EUA / Aviador sênior Clayton WearLançamento de míssil balístico intercontinental (imagem referencial)
Lançamento de míssil balístico intercontinental (imagem referencial) - Sputnik Brasil
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Um míssil balístico estratégico M51 foi hoje (12) disparado pelos militares franceses para reafirmar sua capacidade de dissuasão nuclear, anunciou oficialmente a ministra da Defesa do país.

Um míssil balístico estratégico M51 foi disparado pelos militares franceses na madrugada de hoje (12), na ponta da Penmarc'h, Finisterra, França, disse a ministra da Defesa francesa, Florence Parly, em seu Twitter.

O submarino nuclear lançador de mísseis (SNLE) Le Téméraire disparou com sucesso um míssil balístico estratégico M51 ao largo da [costa da] Finisterra. Este teste demonstra nossa excelência tecnológica e nosso empenho na soberania francesa.

O míssil balístico foi disparado a partir do submarino de propulsão nuclear Le Téméraire, tendo cabido ao navio de ensaios e medidas Monge, da Marinha francesa, o rastreamento do voo e verificação da trajetória correta do míssil ao longo dos milhares de quilômetros, até o meio do Atlântico, nos Açores, onde caiu no mar.

A ministra também parabenizou "todos aqueles cujo empenho fez deste ensaio um sucesso. Seu envolvimento é essencial para a dissuasão nuclear da França e para nossa soberania".

Parabenizo todas aquelas e todos aqueles cujo empenho fez deste ensaio um sucesso. Seu envolvimento é essencial para a dissuasão nuclear da França e para nossa soberania

Um tiro de 100 milhões de euros

"Este tipo de tiro é muito caro, mais de 100 milhões de euros [R$ 567 milhões]", explicou à Valeurs Actuelles o general Jérôme Pellistrandi, editor-chefe da revista Défense Nationale.

Essa é a razão pela qual a França realiza poucos testes desta natureza, apesar de possuir quatro submarinos nucleares lançadores de mísseis balísticos, "em comparação com os Estados Unidos, que fazem um tiro por ano, ou os russos, que fazem até cinco por ano", acrescentou o general.

Para Pellistrandi, este disparo não foi apenas um teste técnico para os militares franceses, mas mais do que isso, é "um sinal claro enviado para o mundo inteiro".

Tal disparo é necessário "para garantir nossa capacidade de dissuasão [e] proteger a nossa soberania", concluiu o militar.

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