NI compara saída dos EUA do Tratado de Céus Abertos à Crise dos Mísseis de Cuba

© Sputnik / Aleksei KudenkoAvião de reconhecimento P-8A Poseidon dos EUA
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A decisão dos EUA de se retirarem do Tratado de Céus Abertos colocou o mundo em uma situação quase tão perigosa quanto a Crise dos Mísseis de 1962, segundo National Interest.

De acordo com artigo publicado na revista norte-americana, a saída norte-americana do Tratado de Céus Abertos continuaria o processo de destruição do regime de controle de armas entre os Estados Unidos e a antiga URSS, que estava em vigor há décadas.

"A administração Trump tomou várias decisões que aproximam os Estados Unidos e o mundo da situação quase tão perigosa quanto a Crise dos Mísseis de 1962", lê-se na publicação.

O presidente dos EUA, Donald Trump, acelerou a destruição do acordo retirando-se unilateralmente do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, na sigla em inglês) e recusando-se a aceitar a proposta do presidente russo, Vladimir Putin, de prorrogar o novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START III) por mais cinco anos, que expira em fevereiro de 2021, garante o artigo.

Novo acordo trilateral?

A administração Trump, segundo a revista, agravou a situação ao considerar, pela primeira vez desde 1992, a possibilidade de retomar testes nucleares nos EUA, a fim de exercer pressão sobre a Rússia e a China e forçá-las a concluir um novo acordo trilateral estratégico sobre armas nucleares. Essa medida condenaria o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT, na sigla em inglês) ao colapso e provocaria provavelmente uma nova corrida armamentista.

Anteriormente, uma edição do Die Welt observou que Washington perderia com a ruptura do Tratado de Céus Abertos, mas quase nada mudaria para Moscou.

© AP Photo / Ahn Young-joonAvião de combate EA-18G Growler, dos EUA, prepara-se para aterrissar na base aérea norte-americana em Pyeongtaek, Coreia do Sul (imagem de arquivo)
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Avião de combate EA-18G Growler, dos EUA, prepara-se para aterrissar na base aérea norte-americana em Pyeongtaek, Coreia do Sul (imagem de arquivo)

O jornal alemão cita duas desvantagens significativas para os EUA ao se retirarem do acordo: perda da capacidade militar de sobrevoar o território russo e impossibilidade de publicação e debate por canais diplomáticos de dados de satélite.

Trump anunciou anteriormente que Washington se retiraria do tratado e estaria fora do acordo até que Moscou "cumprisse suas obrigações". A Rússia negou repetidamente as alegações americanas de violação do tratado.

O Tratado de Céus Abertos foi assinado em 1992 e se tornou uma das medidas de fortalecimento da confiança na Europa após a Guerra Fria. Está em vigor desde 2002 e permite que os 34 países-membros coletem abertamente informações sobre as forças e atividades armadas um do outro.

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