Um grupo de ataque naval da OTAN, composto por três destróieres norte-americanos e uma fragata britânica, entrou na segunda-feira (4) nas águas do mar de Barents.
Esta é a primeira incursão perto da costa setentrional da Rússia desde o fim da Guerra Fria.
O mar de Barents se estende ao longo da costa noroeste da Rússia, longe do território do Reino Unido e dos EUA, sendo raro os navios da OTAN navegarem nesta zona.
Em comunicado, o Pentágono explicou que a ação dos navios visa "garantir a liberdade de navegação e demonstrar integração entre os aliados".
"Nestes tempos difíceis, é mais importante do que nunca manter as operações estáveis no teatro europeu, enquanto tomamos medidas prudentes para proteger a saúde das nossas forças", disse a vice-almirante Lisa Franchetti, comandante da Sexta Frota dos Estados Unidos.
O grupo de ataque é composto pelos destróieres de mísseis USS Donald Cook, USS Porter e USS Roosevelt, todos da classe Arleigh Burke, e a fragata britânica HMS Kent, sendo acompanhados pelo navio de apoio USNS Supply.
Os navios da Marinha norte-americana USS Porter e USS Donald Cook são equipados com mísseis de cruzeiro Tomahawk e sistema de defesa antimíssil Aegis.
A Marinha dos EUA disse que notificou a chegada dos navios na sexta-feira (1º) para "evitar interpretações errôneas, reduzir riscos e evitar uma escalada inesperada". No entanto, o Centro Nacional de Controle da Defesa da Rússia informou que a Frota do Norte da Rússia está monitorando de perto as manobras.
Guerra e comércio
As tensões entre Moscou e Washington nos mares e oceanos aumentaram consideravelmente nos últimos anos. A promissora Rota do Mar do Norte, o caminho marítimo mais curto entre a Europa e a Ásia, deve se tornar uma importante rota comercial no futuro próximo.
A maior parte do trajeto passa ao longo da costa norte da Rússia e, por isso, nos últimos anos, Moscou tem feito esforços para desenvolver toda a infraestrutura marítima e terrestre necessária e para aumentar o nível de defesa na sua costa norte. Os Estados Unidos, por outro lado, anunciaram que não permitirão o domínio da Rússia nesta região.
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