Europa aumenta gastos com defesa em meio a dúvidas em relação aos EUA

© Sputnik / Satnislav Savelyev / Acessar o banco de imagensSoldado da OTAN e o veículo de reconhecimento britânico FV107 SCIMITAR na Letônia
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Países europeus aumentam seus gastos com defesa em meio a um cenário de dúvidas em relação ao compromisso militar dos Estados Unidos com o continente, de acordo com um relatório do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês).

O gasto de países europeus com defesa em 2019 foi de € 267 bilhões (R$ 1,25 trilhão), representando um aumento de 4,2% em relação ao ano anterior, conforme detalha o estudo anual sobre capacidades defensivas Militar Balance 2020, publicado na Conferência de Segurança de Munique.

Para a Europa, a Rússia representa a maior fonte de preocupações, especialmente nas regiões fronteiriças com o gigante euroasiático. O Pentágono tem reforçado sua presença no continente após a anexação da Crimeia em 2014.

Contudo, desde que Donald Trump assumiu a presidência norte-americana, a relação transatlântica tem passado por uma nova fase. Trump frequentemente acusa a Europa de se aproveitar dos Estados Unidos em termos de defesa, relata o portal Defense News. Neste contexto, o relatório do IISS argumenta que a presença de tropas dos EUA está perdendo seu brilho assim como os laços entre o país norte-americano e a Europa.

O diretor do IISS, John Chipman, afirma que "dentro e fora da OTAN, a chegada de equipes e equipamentos adicionais norte-americanos não é mais propriamente suficiente para dispensar as preocupações de aliados e parceiros sobre a estratégia dos EUA, comprometimento, ou mesmo deter oponentes".
© AP Photo / Virginia MayoPorta-voz da OTAN e ex-primeiro ministro da Noruega, Jens Stoltenberg
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Porta-voz da OTAN e ex-primeiro ministro da Noruega, Jens Stoltenberg

Por outro lado, Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, ainda considera que o Ocidente, com a OTAN como sua maior organização de defesa, pode contar com os Estados Unidos. Em uma coletiva de imprensa, na Conferência de Segurança de Munique, Stoltenberg defendeu que o Ocidente mantém a habilidade de agir se necessário, citando a compromisso e presença de tropas norte-americanas na Europa como um grande suporte.

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