Fim do tratado Novo START entre EUA e Rússia pode ter consequências fatais

© Sputnik / Yuri KuydinDestruição de mísseis de curto alcance no âmbito do Tratado INF com os EUA (foto de arquivo)
Destruição de mísseis de curto alcance no âmbito do Tratado INF com os EUA (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Fim do tratado Novo START entre EUA e Rússia pode ter consequências fatais para a estabilidade estratégica.

O Tratado de Redução de Armas Estratégicas é o único acordo que limita os armamentos dos EUA e da Rússia após a saída de Washington do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) em agosto de 2019.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, alertou em uma declaração nesta segunda-feira (26) que uma potencial recusa da extensão do Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START) pelos EUA teria graves consequências para o mundo.

"As consequências para a estabilidade estratégica global vão ser muito prejudiciais. A estabilidade estratégica em geral em escala global sem dúvida será prejudicada, já que nós, ou seja, toda a humanidade ficará praticamente sem qualquer documento que regule a esfera [de armamentos nucleares]", disse o porta-voz.

Peskov também observou que a questão da extensão do Novo START já foi iniciada pelo presidente russo, Vladimir Putin, em diálogos com seu homólogo norte-americano, Donald Trump, entretanto, até o momento, Washington "não mostrou sinais" de que está pronto para discutir a futura do tratado.

O Tratado de Redução de Armas Estratégicas, também conhecido como Novo Start, foi assinado entre Rússia e EUA em abril de 2010, substituindo o antigo tratado.

© AP Photo / Scott HoweTeste de míssil de cruzeiro realizado em 18 de agosto na ilha de San Nicolas, na Califórnia, EUA
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Teste de míssil de cruzeiro realizado em 18 de agosto na ilha de San Nicolas, na Califórnia, EUA

O Novo START reduziu em 50% a quantidade de armamentos nucleares entre ambos os países, sem impor limites ao número de ogivas nucleares inativas armazenadas.

O assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, sugeriu anteriormente ser "improvável" que os EUA prolonguem o tratado sobre armas nucleares, alegando que o tratado é "problemático", enquanto que o presidente Trump considerou a possibilidade de alcançar um novo acordo que acrescentaria a China juntamente da Rússia.

O tratado expira no dia 5 de fevereiro de 2021, com a opção de estendê-lo até 2026.

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