O artigo indica que o início do fornecimento dos S-400 – em meados de julho – praticamente coincidiu com o aniversário da tentativa de golpe de Estado na Turquia, que a agência chama de "tentativa de ocupação".
O autor sublinha que os acontecimentos daqueles dias foram acompanhados por todos os países, incluindo a Rússia, os EUA e Israel. Entretanto, a agência destaca que os dois últimos países estão realizando um intenso trabalho de reconhecimento e inteligência na região, ajudados pelas mais recentes tecnologias.
A Turkiye chama a atenção para o fato de os S-400 permitirem a Ancara juntar informações sobre os vizinhos e aliados da OTAN.
"A Turquia passará a ver todos os seus passos, e eles entendem que são observados. Nós seremos um dos poucos países capazes de detectar aviões e navios militares imperceptíveis para os radares. Nenhuma ameaça se esconderá de nós", assinala a agência.
Com isso, o autor sublinha que o lançamento de mísseis será a variante mais radical.
"Os sistemas S-400 serão acionados durante as operações das nossas forças de segurança em um dos países vizinhos ou no mar alto. Em caso de ameaça, o sistema irá detectá-la e, graças a seu software, irá ou bloqueá-la, criando uma barreira de defesa, ou destruí-la", resume a agência.
Fornecimento dos S-400 à Turquia
O contrato de fornecimento de quatro divisões do sistema S-400, avaliado em 2,5 bilhões dólares, foi assinado em 2017. Uma divisão de S-400 possui oito lançadores múltiplos com quatro mísseis cada um. Uma parte do valor do contrato será paga diretamente pela Turquia, a outra irá cobrir a dívida russa.
A Turquia se tornou o terceiro país, depois da Bielorrússia e da China, ao qual Moscou fornece este sistema de defesa antimísseis. A Índia poderá ser o quarto.
Depois da assinatura inicial do contrato, os EUA exigiram que a Turquia abdicasse do negócio e comprasse em troca os sistemas de mísseis americanos Patriot. Washington também anunciou a exclusão da Turquia do programa de produção dos novíssimos caças americanos F-35.
O presidente da Turquia, Recep Erdogan, chamou o acordo dos S-400 do "mais importante" da história do país.
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