Confira míssil russo que impede EUA de saírem do tratado START III

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O novíssimo míssil balístico intercontinental russo Sarmat garante o equilíbrio de forças e representa um fator de contenção que impede Washington de sair do último tratado START (Tratado de Redução de Armas Estratégicas).

Tal declaração foi feita pelo deputado da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo), Vladimir Gutenev.

"Não excluo que o START III possa repetir o destino do Tratado INF (Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário). A única coisa que me inspira otimismo é que os americanos, como regra, tentam romper relações quando isso é vantajoso para eles", indicou.

"Agora, quando o Sarmat — um míssil bastante mais poderoso que seus antecessores, quase invulnerável — está passando com sucesso por testes, para os Estados Unidos a preservação do último tratado START (também conhecido como START III) corresponde a seus interesses de segurança", explicou o parlamentar.

O interlocutor da agência observou que há vários anos, quando a cooperação técnico-militar entre a Federação da Rússia e a Ucrânia, incluindo a empresa de mísseis Yuzhmash, cessou, o lado americano esperava que a Rússia não conseguisse fazer um avanço significativo na criação de novos mísseis estratégicos, mas o desenvolvimento do projeto Sarmat provou o contrário a Washington.

Adesão de Pequim como 'pretexto'

Comentando as palavras do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, sobre o desejo de Washington de incluir a China no tratado START III, o parlamentar russo não descartou que esses planos representem preparativos para uma manobra de reserva, caso o país decida se retirar deste acordo.

"Se os EUA conseguirem atrair a China para este acordo, então acho que a Rússia só o saudará, mas parece-me que isso pode ser apenas um pretexto. É simplesmente impossível acusar a Rússia de violar o START III, portanto eles formulam algum tipo de argumento que lhes permita abandonar o acordo no futuro. Assim, se a República Popular da China não concordar em se juntar [ao tratado], eles podem acusar Moscou de 'não ter exercido os esforços necessários' para convencer Pequim", explicou o deputado.

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Através do último tratado START, os EUA e a Rússia se comprometeram a reduzir seus arsenais para 700 mísseis implantados, 1.550 ogivas nucleares e 800 vetores correspondentes, posicionados e em reserva, até 5 de fevereiro de 2018.

Assinado em 2010, o acordo entrou em vigor em 2011 por um período de dez anos, prorrogável por outros cinco.

As conversações russo-americanas para estender o tratado estagnaram devido a dúvidas recíprocas sobre o desenvolvimento de novas armas.

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