Preparação para invadir China? Jatos furtivos dos EUA treinam para combate no Pacífico

© Força Aérea dos EUA / aviador sênior Luke MilanoF-22 Raptor, da Força Aérea dos EUA, e F/A-18 Hornet, da Força Aérea finlandesa, voam atrás de um Stratotanker americano durante treinamento na costa da Finlândia, 19 de outubro de 2018
F-22 Raptor, da Força Aérea dos EUA, e F/A-18 Hornet, da Força Aérea finlandesa, voam atrás de um Stratotanker americano durante treinamento na costa da Finlândia, 19 de outubro de 2018 - Sputnik Brasil
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Aeronaves furtivas, incluindo F-22, F-35 e bombardeiros estratégicos B-2 Spirit, foram recentemente usadas durante exercícios militares da Força Aérea dos EUA no oceano Pacífico, reportou Business Insider.

O Pentágono fez alçar seus aviões de combate furtivos, encarregados de romper as defesas antiaéreas inimigas no primeiro dia de uma guerra potencial, escreveu a edição na sexta-feira (15).

Os exercícios foram conduzidos com apoio do navio de assalto anfíbio USS Wasp da Marinha norte-americana.

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Durante as manobras, os F-35 participaram com seus armamentos expostos, o que aumenta a carga útil do caça, mas também acaba aumentando significativamente a visibilidade do avião aos radares. De acordo com o fabricante do avião, a Lockheed Martin, o modelo de carga útil externa transforma o avião em "modo animal", que deve ser utilizado no terceiro dia de uma guerra, depois que as defesas antiaéreas do inimigo tiverem sido suprimidas.

Já os caças F-22 Raptor teriam treinado para operações de primeiro dia, o que indica que as capacidades de invisibilidade do F-35 não são tão perfeitas como se esperava.

Os B-2 são capazes de transportar bombas nucleares de gravidade, bem como "penetradoras de artilharia maciças", ou GBU-57, consideradas as maiores bombas não nucleares do arsenal americano (elas são quase 1,5 vez mais pesadas que a infame "mãe de todas as bombas" — a GBU-43/B).

​Em um combate hipotético, os caças F-22 e os bombardeiros B-2 estão encarregados de quebrar as defesas inimigas no primeiro dia de uma guerra, abrindo caminho para os caças menos furtivos, escreve a edição.

Os B-2 passaram o tempo perto do Havaí "saindo para um espaço aéreo e praticando ameaças realistas", com um F-22 de cada lado, disse ao site o tenente-coronel Robert Schoeneberg, acrescentando que a área de responsabilidade do Pacífico "é de alta importância nos últimos tempos" e que "ela continuará sendo de alta importância".

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As manobras militares americanas no Pacífico foram realizadas em um momento de tensão entre os EUA e a China sobre o mar do Sul da China. Os militares chineses posicionaram supostamente bombardeiros com capacidade nuclear e defesas e radares antiaéreos na região e ameaçam abertamente afundar porta-aviões americanos com seus mísseis "assassinos de porta-aviões" de longo alcance.

Segundo escreve o site, Pequim apresentou uma solução tecnológica destinada a anular a vantagem de baixa visibilidade dos aviões americanos.

"A China está instalando sistemas de defesa antiaérea em rede que podem coordenar as imagens de radar a partir de vários locais em uma área como o mar do Sul da China", disse Bryan Clark, membro sênior do Centro de Avaliações Estratégicas e Orçamentárias.

B-2 Spirit, da Base de Whiteman da Força Aérea dos EUA, conduz reabastecimento aéreo perto da base Joint Base Pearl Harbor-Hickam, no Havaí, durante missão de treinamento de interoperabilidade em 15 de janeiro de 2019    

"Isso poderia permitir que os radares vejam os F-35B ou outros aviões de baixa visibilidade […] e compartilhassem essa informação com lançadores [de mísseis terra-ar] em outros lugares da região para atacar os F-35B", acrescentou.

A disputa sobre o mar do Sul da China começou depois que Pequim reivindicou a maior parte dessas águas.

​Bombardeiro furtivo B-2 Spirit integrado com a aeronave F22 Raptor durante missão de treinamento da força-tarefa americana

As exigências chinesas foram contestadas por vários países da região, e os EUA desde então interferiram repetidamente na disputa, dizendo que estão conduzindo operações de "liberdade de navegação" nessas águas.

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