'Situação alarmante': especialista avalia condições de uso de armas nucleares

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O Conselho da Federação (Senado) da Rússia propôs especificar as condições de uso de armas nucleares. Hoje em dia, o país está protegido, mas o mundo está mudando, declarou ao serviço russo da Rádio Sputnik o cientista político Vladimir Shapovalov.

O Conselho da Federação da Rússia propôs ao Conselho de Segurança russo definir novas condições de utilização de armas nucleares pelo país. As recomendações foram elaboradas pelo Comitê de Defesa e Segurança do Senado, junto com representantes do Ministério da Defesa, do Estado-Maior e do Conselho de Segurança do país.

Os políticos e militares apelaram para definir claramente os fatores de tomada de decisão sobre uma eventual resposta ao uso de armas hipersônicas e outros tipos de armas estratégicas não nucleares. Assinala-se que é necessário elaborar o projeto de Estratégia Militar Nacional.

Os senadores e representantes das entidades militares decidiram fazer recomendações porque nos últimos tempos tem aumentando o risco de resolver os problemas mundiais, regionais e locais através da violência armada, desencadeamento de uma guerra de grande envergadura com o uso de meios de destruição convencionais e armas nucleares.

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Além disso, estão aparecendo no mundo novos tipos de armamento e material militar, as formas e métodos de combate estão se transformando, destaca o documento de recomendação.

Os seus autores prestaram atenção à ausência de leis no país sobre as Forças Armadas, desenvolvimento militar e controle civil sobre a atividade de defesa. As disposições de várias leis têm um caráter declarativo, não definem claramente a competência, direitos, obrigações e responsabilidade das pessoas jurídicas da esfera de defesa.

Os legisladores encontraram descoordenação entre as disposições de várias leis, sublinhando que a terminologia não unificada também dificulta seu cumprimento e cria colisões.

O cientista político Vladimir Shapovalov observou em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik que é necessário especificar as condições de uso de armas nucleares.

"De fato a situação é muito alarmante. Por um lado, crescem as ameaças de caráter político-militar, ou seja, declarações constantes contra a Rússia por parte de altos responsáveis do Ocidente. Por outro lado, se trata de novas tecnologias militares que reforçam e ampliam o campo possível de ameaças militares", comentou Shapovalov.

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Segundo ele, hoje a Rússia está bastante protegida e age em conformidade com o sistema de acordos existente, incluindo os tratados sobre as armas nucleares, que criaram certas garantias de paz e segurança, mas "o mundo está mudando, o que exige uma reação adequada".

"Aparecem novos tipos de armas que não se podem incluir na tríade clássica de armas de destruição em massa, elaboradas no século XX. Esses novos tipos de armamento impõem a necessidade de nos adaptarmos às novas ameaças: a Rússia, obviamente, deve ter esses novos tipos de armas no seu arsenal e, por outro lado, ponderar cuidadosamente as novas ameaças e criar um sistema de segurança que leve em conta a situação atual", destacou o analista.

Para o cientista político, essa preocupação é oportuna e exige que a Rússia tome medidas apropriadas para garantir a segurança do país nas novas condições.

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