Ontem (19), foi comunicado que um avião de reconhecimento estadunidense Boeing RC-135U realizou um voo ao longo da fronteira ocidental russa, tendo o portal PlaneRadar publicado inclusive a trajetória do seu deslocamento. A aeronave foi flagrada no espaço aéreo da Lituânia, passando ainda posteriormente pela Letônia e Estónia.
A máxima proximidade da fronteira russa foi cerca de 53 quilômetros.
"O objetivo é recolher dados de reconhecimento; os aviões estão recheados de equipamentos de alta resolução, é feita a filmagem dos locais de concentração das nossas Forças Armadas. Esta informação acaba na mesa do chefe do Pentágono, é analisada, avaliada. Deste ponto de vista, esses voos controlam quase toda a fronteira ocidental russa com muitos países, pois esses países fazem parte da Aliança Atlântica, e os aviões norte-americanos são parte do seu potencial estratégico", disse Gusev ao serviço russo da Rádio Sputnik ao comentar a situação.
O especialista adiantou que há cerca de 65 mil militares norte-americanos na Europa e estes "precisam de fazer algo".
"Uma parte bem grande está se ocupando da recolha das informações. Em especial, eles se interessam pelos sistemas S-300, S-400, S-500 e Iskander, pelos pontos de implantação dos nossos mísseis intercontinentais. Mas não os conseguirão alcançar", resumiu.