'Se nosso país for atacado, teremos a resposta', diz analista sobre arsenal nuclear russo

© Sputnik / Ilia Pitalev / Acessar o banco de imagensO caça russo MiG-31 equipado com mísseis balísticos Kinzhal
O caça russo MiG-31 equipado com mísseis balísticos Kinzhal - Sputnik Brasil
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Recentemente, o presidente russo expressou sua opinião em relação ao conceito de ataque nuclear preventivo que, segundo ele, não existe na Rússia. Um analista militar comenta em que é que consiste a doutrina de armas nucleares do país.

Ontem (18), durante uma discussão do clube Valdai na cidade de Sochi, Vladimir Putin assegurou que Moscou usaria seu arsenal nuclear apenas em resposta a um ataque do inimigo. Mais cedo, ao falar do mesmo assunto, o presidente tinha observado que tal decisão só pode ser tomada caso os sistemas de alerta precoce não só registrem um lançamento de mísseis, mas também confirmem que sua trajetória está orientada contra o território russo.

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Em uma conversa com o serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista do Centro de Jornalismo Militar e Político, Boris Rozhin, observou que, de fato, o objetivo final do conceito de armas nucleares russo é a manutenção da atual arquitetura de segurança.

"Isso já foi repetidamente frisado tanto pelas nossas autoridades, como pelos militares. Nosso conceito estratégico tem um caráter defensivo: ou seja, ao desenvolver as forças da tríade nuclear e ao melhorar seus meios de lançamento e os próprios armamentos nucleares, a Rússia tem como objetivo a manutenção de paridade estratégica com os EUA e seus aliados, bem como a manutenção de uma arquitetura de segurança nuclear estável", disse.

Na opinião do especialista, através da sua política Moscou pretende manter a estabilidade que os EUA "estão desmantelando" através da criação de seu novo sistema de defesa antimísseis, minando os acordos da série START (Tratado de Redução de Armas Estratégicas) e "desenvolvendo sistemas de armas nucleares completamente novos".

"Particularmente, segundo comunicou a mídia, através da criação de mini-ogivas para uso em regiões de conflitos locais. Tudo isso arrasta o mundo para uma nova corrida aos armamentos nucleares. Estamos contra isso, nós defendemos a manutenção do status quo existente, mas se nosso país for atacado, teremos a resposta", resumiu Rozhin.

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