'Pesadelo para EUA e OTAN': como serão maiores manobras russas das últimas 4 décadas?

© Sputnik / Vitaly Ankov / Acessar o banco de imagensFuzileiros navais da Frota do Pacífico da Rússia e militares de uma unidade especial das Forças Armadas da Índia durante a primeira etapa dos exercícios conjuntos russo-indianos Indra 2017, em 28 de outubro de 2017
Fuzileiros navais da Frota do Pacífico da Rússia e militares de uma unidade especial das Forças Armadas da Índia durante a primeira etapa dos exercícios conjuntos russo-indianos Indra 2017, em 28 de outubro de 2017 - Sputnik Brasil
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Ministério da Defesa russo anunciou a realização em setembro das maiores manobras militares desde 1981. Um analista militar destaca as particularidades dos próximos exercícios das Forças Armadas russas.

Segundo indicou o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, nas manobras, que acontecerão entre 11 e 15 de setembro, participarão cerca de 300 mil militares, 36 mil veículos de combate e mais de mil aeronaves, sendo as de maior envergadura desde os exercícios Zapad 81.

Além disso, uma das etapas das manobras contará também com a participação de unidades militares da China e Mongólia.

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O analista militar russo Viktor Baranets, coronel aposentado, comentou para o serviço russo da Rádio Sputnik em que as manobras de 2018 são diferentes das de 1981.

A primeira particularidade, como já disse o ministro russo, é sua escala: se nos exercícios de 1981 estiveram envolvidos 100 mil militares, neste ano o número subiu para 300 mil, lembra Baranets.

A segunda diferença é a área onde decorrerão os treinamentos — os distritos militares Central e do Leste, e não nos distritos de Kiev, Bielorrusso e Báltico (que existiam na época da URSS).

A terceira caraterística importante das Vostok 2018 é que das manobras, como já foi dito, participarão militares chineses e mongóis, que é o que mais assusta o Pentágono e a OTAN, afirma o analista.

"Tanto para os EUA como para a OTAN a cooperação militar entre a Rússia e a China é um pesadelo. Na verdade, pode-se dizer que a nossa parceria com a China está adquirindo cada vez mais um caráter prático e não apenas teórico — os russos, chineses e mongóis treinarão lado a lado missões estratégicas e, naturalmente, treinarão juntamente as formas de repelir ameaças militares", frisou o especialista.

Para Baranets, os exercícios são também uma mensagem para a Aliança: a Rússia não as realiza nas suas fronteiras ocidentais, onde a OTAN tem aumentado nos últimos anos sua presença militar.

"[A Rússia] realizará estes exercícios no leste, então é uma mensagem de que não pretende estimular por meio das manobras um confronto frontal com a OTAN", opinou.

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Porém, a particularidade principal dos futuros exercícios Vostok 2018, disse, é que estes não visam treinar a resposta ao ataque de uma potência, como os EUA e a OTAN costumam fazer em seus exercícios na Europa.

"Os exercícios visam somente treinar a coordenação dentro de um grupo estratégico internacional, isto é, russo e chinês", detalhou Baranets.

Concluindo, o analista opinou que os exercícios em questão mostrarão que no mundo há forças capazes de resistir às intenções de domínio global de Washington e da Aliança.

As manobras Vostok 2018 terão lugar entre 11 e 15 de setembro e contarão com militares da Rússia, China e Mongólia

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