Os exércitos de países tecnologicamente avançados estão agora fortemente ligados a grupos orbitais, que fornecem comunicação, dão uma "imagem" do campo de batalha, simplificam a navegação para as tripulações de aeronaves e conduzem mísseis de cruzeiro até o alvo. Não há uma arma eficaz para destruir satélites, mas destruir os canais de comunicação com o espaço é bastante realista.
Quatro esquadrilhas
O nome de trabalho da ambiciosa aeronave é Porubshchik-2. Com o tempo, ela substituirá o Il-22PP, o primeiro Porubshchik das Forças Aeroespaciais russas. De acordo com fontes na indústria de defesa, o novo aparelho será capaz de realizar a supressão eletrônica de quaisquer alvos — terrestres, aéreos, navais e espaciais. O projeto de rascunho já está pronto e o trabalho experimental começará em breve. A célula, com base na qual a aeronave está sendo criada, ainda não foi nomeada. Segundo a fonte, poderá ser o Tu-214, Il-76 ou uma aeronave completamente diferente.
"A promissora aeronave precisa de um volume interno da fuselagem suficientemente grande para acomodar equipamentos complexos, disse o analista militar Viktor Murakhovsky. O avião deve fornecer uma fonte de alimentação adequada para que o equipamento funcione, e 'ser capaz' de decolar e aterrissar em aeródromos militares […] Acredito que a plataforma para o Porubshchik-2 será o avião de transporte militar avançado Il-276, que está sendo desenvolvido atualmente na Rússia."
É importante lembrar que avião de transporte militar Il-276 pertence à categoria média, com capacidade de carga de 12 toneladas para alcances de até 2.700 quilômetros; 20 toneladas para 2 mil quilômetros ou até 90 paraquedistas. A velocidade pode atingir até 870 km/h. O custo de um avião será supostamente de 35 a 40 milhões de dólares, o que significa que ele é ideal como plataforma para o Porubchik-2. Uma das principais vantagens sobre o Il-22PP são os motores turbofan, mais potentes e econômicos que os turboélices."Acho que para suprimir o sinal de um agrupamento de satélites do inimigo potencial precisamos de uma esquadrilha para cada comando estratégico operacional, ou seja, quatro esquadrilhas de 12 aeronaves cada", destacou Murakhovsky.
Interromper o sinal
Atualmente, as Forças Aeroespaciais da Rússia têm três Il-22PP Porubshchik, recebidos pelas tropas em 2016. Esses aviões são baseados na aeronave de reconhecimento eletrônico e de guerra eletrônica Il-20, que surgiu pela primeira vez no ar meio século atrás, em 21 de março de 1968. O seu potencial de modernização está praticamente esgotado, por isso se pensou em um aparelho fundamentalmente novo em uma plataforma diferente.
A característica mais importante do Porubshchik é a sua capacidade de interferir seletivamente em sinais com uma determinada frequência sem afetar os outros. Em outras palavras, o avião bloqueia os sinais dos outros sem interromper os seus. Simplificando, o princípio de operação deste tipo de aeronave é subir a uma certa altitude, rastrear todos os sinais de rádio disponíveis, identificar as frequências em que os transmissores inimigos operam, escolher entre eles o feixe mais importante e ligar o equipamento de interferência.
Sobre o avião se abre um "guarda-chuva" impenetrável, silenciando ou enfraquecendo os sinais de rádio inimigos. A interrupção não avaria o equipamento de transmissão ou recepção, mas suspende o canal de comunicação entre eles. Tal aeronave, é claro, é vulnerável a caças e armas antiaéreas. No entanto, o sistema de autodefesa a bordo dificulta seriamente a detecção do "silenciador" e a pontaria das armas de ataque. Vários "silenciadores" voadores, caso não paralisem, dificultam muito as ações do inimigo em determinada área.
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