Conheça os mais poderosos mísseis balísticos e de cruzeiro russos

© Foto / Ministério da Defesa da RússiaLançamento de um míssil de cruzeiro Kh-555 desde o bombardeiro estratégico T-160 da Força Aeroespacial da Rússia contra as posicões dos terroristas na Síria (foto de arquivo)
Lançamento de um míssil de cruzeiro Kh-555 desde o bombardeiro estratégico T-160 da Força Aeroespacial da Rússia contra as posicões dos terroristas na Síria (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Cada 23 de dezembro, na Rússia se celebra o Dia da Aviação de Longo Alcance da Força Aeroespacial. Por este motivo, o jornalista russo Andrei Kots escreveu um artigo para a Sputnik, fazendo uma resenha sobre os mísseis balísticos e de cruzeiro que equipam estas aeronaves.

Kh-15

O míssil balístico Kh-15, da classe ar-terra, entrou em serviço em 1980. Esta foi a maneira como a URSS respondeu à criação do míssil americano AGM-69 SRAW.

Embora inicialmente o Kh-15 tivesse uma ogiva nuclear com uma potência de quase 300 quilotons, os construtores russos desenvolveram posteriormente vários modelos que carregavam uma ogiva comum.

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A peculiaridade principal deste projétil consiste na sua trajetória de voo. O avião lança o Kh-15 quando se encontra a uma distância de 50-280 quilômetros do alvo. Após ser lançado, o míssil não baixa, mas sobe no ar. Ao ascender a uma altitude de 44 mil metros, o projétil muda bruscamente de trajetória e atinge uma velocidade vertiginosa de quase 6 mil quilômetros por hora.

Agora, a Rússia conta com dois modelos de mísseis que foram construídos na base do Kh-15. Estes modelos são o Kh-15P e o Kh-15S. O primeiro, com uma ogiva de fragmentação, é destinado a lutar contra os radares do inimigo e é capaz de corrigir sua trajetória. O segundo míssil, do tipo antinavio possui uma ogiva de explosão alta. Seu alcance varia entre 60 e 150 quilômetros.

Kh-32

O míssil de cruzeiro hipersônico, do tipo antinavio, denominado Kh-32, é de fato a versão mais moderna do Kh-22. Inicialmente, o Kh-22 foi construído para atingir porta-aviões e respectivos grupos navais a uma distância de até 600 quilômetros. Entre as aeronaves que carregam esta arma estão os Tu-16K, Tu-22K, Tu-22M2/3 e Tu-95K.

Sua desvantagem mais importante foi sua baixa resistência às interferências de diferentes radares. Para eliminar este problema, a URSS começou a modernizá-lo, mas todo o trabalho parou na década de 1990 por causa da difícil situação econômica.

Os testes do novo modelo foram reiniciados apenas em 2013. A variante modernizada foi batizada como Kh-32.

O novo míssil é capaz de atingir o alvo a uma distância de até 1.000 quilômetros. Sua ogiva pode ser tanto nuclear quanto de explosão alta. A aeronave modernizada Tu-22M3M será o principal meio de transporte desse míssil.

Kh-555

A produção de mísseis de cruzeiro Kh-555 se iniciou em 1999, com o fim de substituir os projéteis soviéticos antiquados Kh-55 e Kh-55SM que haviam sido criados na década de 80 do século passado.

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Os mísseis modernizados K-555 são uma arma mais flexível que seus antecessores. Além do sistema de navegação inercial, este míssil conta com um sistema de correção ótico-eletrônica e um sistema de navegação por satélite. As tecnologias aplicadas na projeção deste míssil permitiram aumentar sua precisão em 5 vezes. Cabe destacar que os aviões Tu-160 e Tu-95MS usaram precisamente estes projéteis para bombardear as posições dos terroristas na Síria. O Kh-555 pode atingir alvos situados a uma distância de até 2.500 quilômetros.

Kh-101

O míssil de cruzeiro Kh-101 é o mais moderno e mais mortal da Aviação Estratégica da Força Aeroespacial da Rússia. Com a passagem do tempo, estes mísseis substituíram os mísseis Kh-555 e se converteram nas principais armas dos Tu-160M/M2 e Tu-95MS/MSM. A maior parte da informação sobre estes mísseis está classificada.

Sabe-se que o Kh-101 tem um sistema de guiamento combinado que inclui o sistema de navegação inercial, a correção ótico-eletrônica e outras novidades.

O projétil é capaz de receber informações complexas sobre a rota e as coordenadas do alvo. Ademais, os operadores do míssil poderão redirigi-lo diretamente no espaço aéreo contra outro alvo.

De acordo com os cálculos de vários especialistas ocidentais, o alcance desta arma chega a 5 mil quilômetros. Os construtores russos dotaram o míssil de tecnologias que o tornam pouco visível, por isso é quase impossível interceptá-lo. Estes projéteis, junto com os Kh-555, foram usados pela Força Aeroespacial da Rússia na Síria.

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