De acordo com o jornal russo Izvestia, a reconstrução envolverá uma mudança no aspeto visual do navio. Em particular, será alterado o convés dos mísseis e a superestrutura do navio, incluindo a ponte de comando, o centro de informações e as antenas.
Na opinião de vários especialistas, embarcações tão importantes para a Marinha russa como as do projeto Orlan 11442M (um deles é o Admiral Nakhimov) devem continuar em serviço por mais dez anos e ser equipadas com mísseis e complexos novos.
O Admiral Nakhimov foi construído em 1980, por isso a renovação se torna imperiosa.
Uma fonte na Marinha russa revelou à edição que as mudanças na estrutura do navio já foram acordadas e que agora as autoridades estão calculando seu preço preliminar e os prazos necessários.
Os navios renovados receberão os complexos de mísseis universais 3S14 que podem ser carregados com diferentes tipos de projéteis, dependendo das missões que o navio terá que cumprir. O Admiral Nakhimov também receberá o sistema de defesa antiaérea Poliment-Redut, cujo alcance é de 150 quilômetros.
Além disso, os construtores instalarão novos dispositivos eletrônicos (radares e sistemas de comunicação digitais) devendo ainda modificar as antenas do navio.
O míssil de cruzeiro hipersônico russo Tsirkon, batizado como "assassino de porta-aviões" pela OTAN, será a principal arma antinavio do Admiral Nakhimov. Espera-se que as autoridades russas coloquem esses mísseis no serviço em 2018. Ao mesmo tempo, o navio renovado usará os mísseis de cruzeiro Kalibr para aniquilar alvos terrestres.Além disso, o poderoso computador de bordo se tornará o elemento central do renovado Admiral Nakhimov. A inteligência artificial do navio será capaz de avaliar a situação, prever possíveis cenários de combate e acionar as armas automaticamente, se achar necessário.
Dmitry Boltenkov, especialista em assuntos ligados à Marinha, afirmou ao jornal russo que a escala e a complexidade da modernização do cruzador nuclear russo se podem comparar com as do porta-aviões Vikramaditya da Marinha da Índia.
"As reconstruções locais no casco do navio são necessárias, já que todo o recheio antigo será extraído e substituído por novo. […] Após essa modernização, o cruzeiro continuará sulcando os mares do planeta com sucesso por mais 20 anos", resumiu.
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