Analistas norte-americanos avisam: estratégia militar dos EUA está desatualizada

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A estratégia dos EUA, em caso de uma possível guerra contra a Rússia ou a China, não é correta, tomando em conta o ressurgimento dessas potências. O Pentágono deve mudar completamente sua estratégia militar: lê-se em um relatório elaborado pelo Centro de Análise Estratégica e Orçamentária (CSBA, na sigla em inglês).

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No seu estudo, especialistas do CSBA dos EUA recomendaram ao Pentágono uma série de medidas estratégicas que incluem a criação de forças militares de contenção móveis e o desenvolvimento de uma concepção militar de seus espaços informativos.

Os EUA já não podem aspirar a dominar o mundo devido ao ressurgimento de outras potências, dizem os especialistas do país.

"As relações entre os Estados Unidos e outras potências podem ser entendidas como uma competição de longo prazo em que a Rússia e a China estão determinadas a mudar as regras regionais e internacionais para defender seus interesses, algo que também mina a influência dos EUA nas suas próprias áreas de influência", afirma o estudo.

Segundo os analistas do CSBA, a China e a Rússia podem acabar sendo superiores com o apoio de sua diplomacia, suas atividades econômicas e seus meios de comunicação.

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Os autores do estudo dizem que o país está "estagnado" na Primeira Guerra do Golfo, ocorrida em 1991 entre o Iraque e coalizão de forças aliadas lideradas pelos EUA devido à invasão do Kuwait pelo Iraque em agosto de 1990. Em 1993, foi adotada a concepção segundo a qual os EUA poderiam participar de dois conflitos regionais de grande escala ao mesmo tempo.

O exemplo disso foi naquela época a operação Tempestade no Deserto, na qual a coalizão dos Estados Unidos derrotou as forças armadas no Iraque. Mas essa abordagem está desatualizada há algum tempo, reconhecem os especialistas.

"As capacidades crescentes de outras grandes potências estão dizendo-nos que é hora de o Pentágono adaptar sua estratégia militar e começar contemplando outras, que já foram adotadas pela China e pela Rússia. Ambos os países são grandes potências com um arsenal nuclear considerável e capacidades econômicas e militares significativas", lê-se no relatório.

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A guerra da informação

Os analistas de CSBA destacaram que a China e a Rússia são supostamente capazes de realizar "uma guerra de informação".

Eles também recomendam que o Pentágono se prepare para a guerra eletrônica e ciberataques. Analistas sublinham também que isso não exclui os conflitos militares tradicionais para os quais eles também devem estar preparados.

Recomendações para o Pentágono

Os especialistas do centro recomendam em seu relatório criar forças regionais na Europa e na região do Pacífico com o objetivo de permitir aos EUA uma escalada horizontal, ou seja, expandir-se geograficamente e não se concentrando em uma zona concreta como atualmente. As Forças Armadas dos EUA devem, nesse sentido, ser capazes de se deslocar mais rapidamente.

Os EUA devem também alcançar a supremacia aérea, fortalecer sua defesa antimísseis em seus navios para operações perto da costa e a das suas bases aéreas.

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