Estes equipamentos de artilharia russos são capazes de destruir qualquer alvo terrestre

© Sputnik / Yevgeny Biyatov / Acessar o banco de imagensLança-foguete russo BM-30 Smerch (foto de arquivo)
Lança-foguete russo BM-30 Smerch (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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A artilharia de grandes calibres sempre tem desempenhado um papel importante no arsenal das principais potências militares.

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Uma cadência de tiro brutal, um alcance excepcional e disparos de enorme potência comandados via GLONASS… No início de setembro, o Ministério da Defesa russo encomendou um lote experimental dos canhões autopropulsados Koalitsia-SV. O colunista da Sputnik Andrei Kots apresenta uma lista dos melhores canhões russos e detalha suas caraterísticas.

Os novos canhões Koalitsia devem se tornar a principal arma das divisões das tropas terrestres, substituindo os Msta-S.

Até os especialistas ocidentais confirmam que o Koalitsia ultrapassa seus análogos estrangeiros em muitas caraterísticas, inclusive o canhão alemão PzH 2000, que por muito tempo tem sido considerado como o melhor do mundo.

Entretanto, as tropas de artilharia russas "sempre tiveram uma resposta pronta ao inimigo", ressalta Kots.

Pion e Malka

A artilharia de grandes calibres sempre tem desempenhado um papel importante no arsenal das principais potências militares. Na época da Guerra Fria, ela era desenvolvida tanto pela URSS, como pelos EUA. 

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Ambos os países visavam criar um meio eficiente de lançamento de munições nucleares táticas de baixa potência para desferir um golpe contra posições do inimigo a uma distância relativamente curta.

Na Rússia, tal arma era o canhão autopropulsado 2S7 Pion de 203 milímetros e sua modificação 2S7M Malka. Ademais, foram criadas munições não nucleares superpotentes para estes armamentos.

Por exemplo, o Pion é capaz de lançar uma munição reativa 3FOF35 de alto poder explosivo com o peso de 110 kg a uma distância de 50 km. Deste modo, pelas capacidades de combate, este canhão se equipara aos armamentos dos maiores navios de linha da época da Segunda Guerra Mundial.

Porém, a potência e o alcance não são apenas vantagens, mas também implicam certas desvantagens, assinala o colunista. O problema é que a Rússia não possui muitos polígonos onde estes canhões de médio e longo alcance possam ser testados.

Além disso, eles não possuem um grande estoque operacional de munições: o Pion dispõe de apenas quatro projéteis e o Malka — de oito. No entanto, a Rússia continua preservando uma reserva de 300 unidades desses armamentos.

Tyulpan

O morteiro autopropulsado 2S4 Tyulpan entrou no serviço ainda na década de 70, mas até hoje continua sendo uma arma potente, e ninguém planeja descartá-lo do arsenal.

O principal "trunfo" do morteiro é o grande leque de munições de 240 milímetros que pode disparar — projéteis de alto poder explosivo, incendiários, de cassete e guiados. Na época soviética, até havia minas neutrónicas e nucleares com potência de 2 quilotoneladas.

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O morteiro lança as munições com trajetórias altas, o que permite destruir os alvos inimigos escondidos nas profundezas da terra ou construções fortificadas. Ao mesmo tempo, o fogo pode ser lançado desde posições camufladas para dificultar a deteção.

O batismo de fogo do Tyulpan ocorreu na Guerra do Afeganistão no final do século passado. A grande mobilidade lhe permitiu atravessar áreas acidentadas junto com outros blindados, sendo capaz de eliminar alvos nos declives das montanhas, desfiladeiros e outros locais de difícil acesso, explica Kots.

Ademais, os morteiros Tyulpan foram usados na Chechênia, onde ajudavam a destruir as construções de concreto nas montanhas.

Vena

O morteiro de 120 milímetros russo 2S31 Vena foi apresentado pela primeira vez na exposição IDEX-97 nos Emirados Árabes Unidos. O armamento foi construído após a Guerra do Afeganistão, onde as armas ligeiras autopropulsadas Nona, que estavam no serviço das Forças Aerotransportadas, tiveram um bom desempenho.

Na época, o Ministério da Defesa considerou que tais armas eram necessárias para as tropas terrestres, mas com chassis BMP-3 mais pesados. A primeira Viena foi incorporada no exército russo em 2010.

A principal diferença entre a nova arma e os morteiros Nona é a sua alta automatização. Cada canhão está equipado com um complexo computadorizado que permite receber e transmitir informações para efetuar disparos com precisão, explica o colunista.

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Os dados são exibidos no monitor do comandante do veículo. O computador de bordo pode armazenar informações sobre cerca de 30 alvos inimigos ao mesmo tempo. O comandante só precisa de escolher o alvo e, em seguida, o próprio sistema tratará de tudo.

Caso de repente apareça um novo alvo, o Vena estará pronto para disparar um projétil apenas 20 segundos depois de receber a primeira informação.

Smerch

Os lança-foguetes russos BM-30 Smerch entraram no serviço em 1987 e são considerados a arma de artilharia reativa mais potente no mundo.

Com uma descarga só, o armamento pode lançar 12 munições com minas de cluster, de fragmentação ou termobáricas de 250 kg cada.

A área de alcance de um lançamento é cerca de 70 hectares, e o alcance é entre 20 e 90 quilômetros. De acordo com especialistas, um lançamento de seis lança-foguetes Smerch, pela sua força de destruição, é comparável a uma explosão nuclear tática.

Agora os Smerch estão sendo substituídos pelos novos sistemas Tornado-S, capazes de corrigir a trajetória de voo das munições reativas de modo autônomo. Simplificando, as armas criadas para eliminar alvos no terreno se tornaram altamente precisas, capazes de efetuar ataques controlados.

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