'Cisne branco' russo irá ultrapassar qualquer rival dos EUA

© AP Photo / Misha JaparidzeBombardeiro russo Tu-160
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A Força Aeroespacial da Rússia confirmou que o novo bombardeiro estratégico Tu-160M2 levantará voo em março de 2018. O analista militar Vladimir Tuchkov compartilha que, com uma eficácia de combate duas vezes e meia superior à do seu antecessor, o Tu-160M2 é mais avançado do que qualquer aeronave que os EUA têm à sua disposição.

Em entrevista ao Krasnaya Zvezda (Estrela Vermelha, em russo), jornal oficial do Ministério da Defesa da Rússia, o general Viktor Bondarev revelou que o primeiro dos Tu-160M2 decolará na primavera para realizar voos de teste, acrescentando que a Força Aeroespacial russa espera receber entre três e quatro aeronaves deste tipo anualmente. Além disso, serão modernizados os 16 Tu-160 Bely Lebed (Cisne Branco) que já estão em serviço.

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Recentemente, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou um decreto para reiniciar a produção de bombardeiros pesados supersônicos de geometria variável Tu-160, bem como para iniciar os preparativos para a fabricação do PAK-DA, o bombardeiro estratégico russo de nova geração, que com o tempo deverá substituir os Tu-22M, Tu-95 e Tu-160 a um prazo mais longo.

O analista militar e colaborador do jornal Svobodnaya Pressa, Vladimir Tuchkov, escreve que a declaração do chefe da Força Aeroespacial da Rússia sobre as próximas provas indica que o prazo para a entrega do Tu-160M2 aos militares foi reduzido drasticamente.

"O Tu-160M2 supera todos os bombardeiros estratégicos do mundo em quase todas as características de combate, incluindo o B-2 Spirit norte-americano", afirma Tuchkov.

Se bem que o B-2 é um avião furtivo, o Tu-160 tem poucas razões para se ocultar: seus mísseis podem voar a uma distância de até 5.500 km, ou seja, a partir de longe do alcance de qualquer defesa aérea. Mesmo em março de 2016, antes de se ter anunciado a sua modernização, o colaborador da National Interest, Dave Majumdar, notava que o Tu-160 supera os seus análogos norte-americanos "com uma combinação de velocidade e de mísseis de cruzeiro nucleares".

De acordo com Tuchkov, com base na informação disponível se pode resumir que, durante o processo de modernização dos Tu-160, o que restará será apenas a fuselagem.

"Tudo o resto será totalmente novo. Até mesmo se modernizará o sistema de propulsão", assegura ele.

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Os engenheiros encarregados de projetar o sistema eletrônico da aeronave foram ainda mais longe. A arquitetura modular dos sistemas eletrônicos permite que um sistema assuma as funções de outro, se isso for necessário. Isto significa que mesmo se um dos sistemas falhar, outros tomarão suas responsabilidades, aumentando drasticamente a capacidade de sobrevivência do avião. O Tu-160M2 será equipado também com uma moderna estação de guerra eletrônica, aumentando ainda mais a sua capacidade de sobrevivência perante mísseis antiaéreos.

O analista ressalta o benefício resultante do fato de o Tu-160M2 e o PAK-DA sejam desenvolvidos paralelamente. Assim, se vão estreando pouco a pouco as tecnologias mais avançadas que depois serão implementadas no bombardeiro da próxima geração.

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