Drones iranianos sobrevoam porta-aviões americano

CC BY 2.0 / Official U.S. Navy Page / X-47B flies past USS George H.W. BushAn X-47B Unmanned Combat Air System (UCAS) demonstrator flies near the aircraft carrier USS George H.W. Bush.
An X-47B Unmanned Combat Air System (UCAS) demonstrator flies near the aircraft carrier USS George H.W. Bush. - Sputnik Brasil
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Aparecimento de drones iranianos por cima do grupo de porta-aviões americano no Golfo Pérsico atualmente já é uma coisa cotidiana. Como informa o capitão do porta-aviões USS George H. W. Bush, os drones do Irã se aproximam do navio praticamente todos os dias.

Americanos usam este porta-aviões para atacar os terroristas do Daesh (proibido na Rússia e outros países) na Síria e Iraque, enquanto os iranianos, através dos seus drones, monitorizam cuidadosamente todas as operações americanas. Este fato irrita os militares dos EUA, mas eles não podem fazer nada: tudo acontece em águas internacionais.

Drones irritantes

Os primeiros voos de drones iranianos por cima de navios americanos foram registrados em 2012. Naquela altura, perto do porta-aviões voavam não só drones, mas também aviões de patrulhamento P-3F da força aérea do Irã, que podem transportar armamento antinavio.

Will Pennington, capitão do porta-aviões USS George H.W. Bush, informou, uma semana atrás, que os aborrecidos drones iranianos não são "brinquedos teleguiados", mas genuínos aparelhos de espionagem.

Cada vez que aparecem drones, o porta-aviões aumenta a prontidão de combate e aperfeiçoam cada vez mais os procedimentos de proteção do navio.

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Sem dúvida, quase ninguém crê que os EUA vão abrir fogo contra os drones iranianos, ou que o Irã os vá utilizar para atacar os navios americanos. Além disso, com a filmagem de um drone, mesmo a uma distância próxima, os iranianos na realidade não podem receber nenhuma informação secreta e importante.

Em 2014, o Irã anunciou que recebeu como equipamento drones-camicase Raad, recheados de explosivos, que deviam se tornar em "bombas móveis" para atacar alvos terrestres e navais. Este drone não pode afundar um navio, mas pode perfeitamente danificar o convés do porta-aviões, o resultará em problemas para a decolagem e pouso das aeronaves. Esse é o cenário que os americanos mais receiam.

Os programas não-tripulados iranianos

O primeiro drone-espião iraniano Abadil apareceu no ar em 1986. Pouco mais tarde, durante a guerra Irã-Iraque se juntou a ele o drone Mohajer. De acordo com alguns dados, ele podia lançar granadas de RPG, o que fez do Mohajer um dos primeiros drones de ataque.

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O Irã trabalha muito ativamente nessa direção. No ano passado, nas exibições aeroespaciais foi apresentado o helicóptero não-tripulado Nazzer. O brigadeiro da força aeroespacial do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica Amir Ali Hajizadeh destacou, que o Irã entra nos quatro países com as tecnologias de drones mais desenvolvidas.

Atualmente, o Irã fornece seus drones aos grupos Hezbollah e Hamas, às autoridades da Síria, aos houthis no Iêmen e ao Sudão. A Venezuela cria seus drones se baseando nos iranianos.

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Em 2017, o comandante das forças terrestres do Irã Kioumars Heydari declarou que no Irã entendem a importância das tecnologias não-tripuladas no mundo moderno, e no exército do Irã vão ser usados por toda a parte, bem como vão aparecer destacamentos especiais responsáveis pela aplicação de drones durante operações noturnas e voos a longas distâncias.

Os analistas ocidentais preveem que, depois da anulação das sanções, o Irã irá ativar ainda mais a procura das tecnologias mais recentes e procurar parceiros em primeiro lugar na Rússia, Bielorrússia, República Tcheca, Índia e China.

Ilia Plekhanov para a Sputnik

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