"O material russo tem a particularidade de estar na vanguarda do que é tecnologia, mas também em manutenção, operacionalidade e funcionamento no tempo", destacou Tocre na entrevista à Sputnik Mundo.
A modo de exemplo da relevância do equipamento de defesa russo na América Latina, Tocre indicou que no âmbito do SITDEF se concretizaram vendas que aumentaram a proteção à população em situações de catástrofe, como as recentes inundações devidas ao fenômeno de “El Niño costeiro”.
Os 24 helicópteros russos, que o Exército peruano adquiriu recentemente, permitiram "enfrentar com êxito" as operações para socorrer aos desalojados, "levar víveres e ajuda humanitária, transportar pessoal militar e policial e, o que é mais importante, evacuar para uma zona segura toda a gente" afetada pelas calamidades naturais.Até ao final do evento, foram fechados pelo menos "três acordos", em especial a respeito do sistema de tecnologia de satélites, drones e cibersegurança. Este último campo foi um dos mais discutidos no SITDEF 2017, que teve lugar apenas a uma semana do ciberataque maciço com o programa malicioso WannaCry. Neste episódio, 200.000 computadores em 150 países foram bloqueados. Na opinião de Tocre, o tema cibernético "está começando".
O avanço da Internet e das novas tecnologias de informação trazem consigo uma série de "ameaças" que se dão à escala global e que "neutralizam e destroem muitas vezes infraestruturas críticas". Além disso, "paralisam serviços públicos essenciais e empresas". Além disso, a nova modalidade de ataques com extorsões agravam os prejuízos econômicos deste tipo de ofensivas.
"Já vamos ter que deixar para trás os temas físicos quanto a tecnologia de segurança e defensa e vamos ter que nos interessar obrigatoriamente no ciberespaço", opinou o peruano.
Tocre indicou que "o tema da cibersegurança está nos planos" de todas as forças armadas, polícias e proteção civil, mas gradualmente também nos "do empresariado e de organizações" públicas e privadas.
Quanto a respeito das forças armadas do Peru, Tocre disse que existem oportunidades de cooperação com a Rússia em matéria de tanques, mísseis e helicópteros. O diretor do salão recordou que já há bastante equipamento russo na aviação do exército. Além disso, há "convénios" para favorecer intercâmbios de oficiais, técnicos e suboficiais.
"Parece como se a Rússia estivesse aqui junto ao nosso país, o Peru, e as relações são muito boas", concluiu o peruano.
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