Irã e Coreia do Norte podem realizar ataque de pulso eletromagnético contra os EUA

© AFP 2023 / Yonhap / North Korean TVCoreia do Norte lança o satélite Kwangmyong 4
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O Irã e a Coreia do Norte poderiam colocar um satélite em órbita com uma carga nuclear para desencadear um pulso eletromagnético (PEM) para destruir a rede de energia dos EUA e a maioria dos seus dispositivos eletrônicos, disse o ex-diretor da Iniciativa Estratégica de Defesa dos Estados Unidos, Henry Cooper, em um depoimento ao Congresso.

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"Ambas as nações poderiam realizar um ataque PEM contra os Estados Unidos simplesmente detonando uma arma nuclear, levada por um de seus satélites, quando este passasse sobre os EUA", afirmou Cooper ao comitê do Senado sobre Energia e Recursos Naturais nesta quinta-feira.

A arma PEM não exigiria nenhum veículo de reentrada na atmosfera nem um sistema de orientação preciso como no caso de um míssil balístico intercontinental. Além disso, o Irã e a Coréia do Norte já lançaram com sucesso satélites em órbita, explicou Cooper.

A ameaça cibernética viria de uma onda de energia gerada pelo fenômeno PEM, disse Cooper acompanhado por uma painel de cientistas.

Embora não houvesse impacto imediato sobre os seres humanos, danos poderiam exigir a substituição de grande parte da rede elétrica e de bilhões de dispositivos eletrônicos, de acordo com estudos bem documentados que datam de testes nucleares dos EUA na década de 1950.

"Acredito que tivemos um claro alerta sobre a natureza desta ameaça há anos e continuamos a ignorar e / ou tomar contramedidas ineficazes para lidar com isso", advertiu Cooper em um texto com seu testemunho. "Nós somos essencialmente indefesos frente a esta ameaça plausível."

Além disso, os ataques de PEM por satélite são conhecidos por serem incluídos nas doutrinas de planejamento militar da Rússia, China, Coréia do Norte e Irã, disse Cooper.

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Cooper recomendou ao governo federal instalar sistemas de defesa de mísseis ao longo da costa do Golfo do México, de modo a serem capazes de destruir satélites em órbitas polares e que se aproximam dos Estados Unidos. Mas ele admitiu que a perspectiva de sua recomendação ser atendida é remota.

Cooper agora trabalha em projetos com companhias de energia regionais nos Estados Unidos para reforçar a segurança de instalações estratégicas contra a ameaça de radiação eletromagnética, tendo desistido dos esforços "de cima para baixo" para persuadir autoridades federais a enfrentar a ameaça.

Durante a administração de Reagan, Cooper foi chefe da Iniciativa Estratégica de Defesa dos Estados Unidos, programa militar para criação de escudo de mísseis em solo e no espaço, visando a ex-União Soviética. Ele continuou a supervisionar o desenvolvimento da defesa de mísseis durante toda a administração do Presidente George H.W. Bush.

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