Especialista: de 100 tanques ucranianos apenas um consegue atirar

© AFP 2023 / ALEXANDER KHUDOTEPLYSoldados ucranianos sobre o veículo blindado no Leste da Ucrânia
Soldados ucranianos sobre o veículo blindado no Leste da Ucrânia - Sputnik Brasil
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Um representante das Forças Armadas da Ucrânia criticou alguns dos modelos de veículos militares e armamentos ucranianos. O cientista político Aleksandr Perendzhiev comentou as palavras citadas acima para o serviço russo da Rádio Sputnik.

Durante um fórum sobre segurança, um representante das Forças Armadas da Ucrânia (FAU) criticou alguns dos modelos de veículos e armamentos, produzidos pela Ucrânia.

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O chefe provisório de logística do Comando das Forças Terrestres da FAU, Ivan Volokh, de acordo com o portal military-informant.com, revelou vários problemas, que foram indicados durante a utilização dos mais novos veículos blindados de transporte de pessoal BTR-4E, lança-granadas do tipo Molot e KBA-48, produzidos pela empresa estatal ucraniana Ukroboronprom, assim como utilização dos caminhões da fabricante AvtoKrAZ.

Particularmente, segundo Volokh, os defeitos dos lança-granadas causam vítimas mortais, enquanto os BTR-4E foram considerados veículos menos eficientes durante a parada militar em 2016. Além disso, Volokh afirmou que, por causa de falhas periódicas, dezenas de veículos da AvtoKrAZ pararam de funcionar.

O professor do departamento de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Plekhanov e especialista em política militar, Aleksandr Perendzhiev, opina que, ao fazer a afirmação mencionada, o representante da FAU levou em consideração dois motivos.

"Fiquei um pouco surpreendido. Altos funcionários nunca falaram sobre isso. E se falam agora é por dois motivos. Primeiro é que os chefes das FAU entendem que o equipamento é de má qualidade: dinheiro público está sendo roubado, e os soldados e oficiais não valem muito, pois as vidas deles servem de fonte de lucro para os que produzem armas e veículos de guerra. É isso que estão tentando explicar para os altos dirigentes político-militares. Aqui está a segunda razão: indicam tarefas militares, tipo "fornecemos-lhes o equipamento, agora vão e lutem", mas não possuem nada para travar uma guerra. O entendimento desses problemas provocou o comentário", opinou Aleksandr Perendzhiev ao serviço russo da Rádio Sputnik.

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O cientista político também sublinhou que Kiev continua falando sobre produção de equipamento militar de última geração. Ele comparou o discurso de autoridades ucranianas com o da Coreia do Norte.

"Assim o fazem quando querem embelezar a verdade. Dizem que possuem 100 tanques, mas na verdade apenas dois se movimentam e um consegue disparar. Eu chamaria este fenômeno de relações públicas ucranianas. Por outro lado, o mesmo acontece na Coreia do Norte. Lá também não há muito progresso no que diz respeito ao desenvolvimento da econômica em geral e do socioeconômico do país. Mas, em compensação, eles tentam mostrar como o país está desenvolvendo armas, veículos e até lançaram um satélite. Mas o que vemos é que, lá, algo é explodido sem parar, sendo isso tudo uma farsa. O mesmo ocorre na Ucrânia. A única diferença é que prestam atenção no que acontece na Coreia do Norte, enquanto a situação na Ucrânia é considerada normal", concluiu o especialista.

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