EUA querem impedir Rússia de vender Su-30 e S-300 para o Irã

© REUTERS / Mikhail Klimentyev/KremlinPresidente da Rússia Vladimir Putin e presidente do Irã Hassan Rohani
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Os EUA não concordam com a venda de caças Su-30 e de sistemas de defesa anti-aérea S-300 da Rússia para o Irã e acreditam que tais entregas só podem ser realizadas mediante a aprovação do Conselho de Segurança da ONU, declarou o vice-secretário de Estado Thomas Shannon, em audiência no Senado dos EUA.

"Nós não daremos a nossa aprovação [para a venda de Su-30]" – frisou Shannon respondendo a pergunta sobre a possibilidade de os EUA usarem o poder de veto caso esta questão seja mesmo levada ao Conselho de Segurança da ONU.

Além disso, ele destacou que as possíveis entregas dos sistemas S-300 também preocupam Washington.

"É óbvio que nós não estamos interessados com que o Irã tenha caças avançados e sistemas terrestres. Usaremos de todos os meios disponíveis para nos opor a quaisquer sistemas que possam ser usadas pelo Irã para fins ofensivos" – disse Shannon.

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De acordo com recentes declarações de representantes do complexo industrial militar da Rússia, o contrato de compra de caças russos Su-30 pelo Irã deverá ser assinado ainda este ano.

Quanto aos sistemas S-300, o chefe da corporação russa Rostec – corporação estatal da Federação da Rússia que desenvolve, fabrica e exporta produtos industriais de alta tecnologia para o uso civil e militar – Sergei Chemezov declarou que as entregas serão iniciadas em agosto ou setembro deste ano.

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O contrato de entrega dos sistemas russos ao Irã havia sido assinado ainda em 2007, mas acabou sendo anulado após o Conselho de Segurança da ONU ter aprovado a Resolução 1929 com sanções ao Irã, em 2010. Apesar disso, em abril de 2015 o presidente russo Vladimir Putin assinou um decreto permitindo que o acordo fosse retomado. Em julho daquele ano, o levantamento das sanções contra a República Islâmica abriu as portas para que a venda fosse finalmente concluída.

O descumprimento do primeiro contrato em 2010 fez com que Teerã abrisse um processo judicial contra Moscou, no valor de US$ 4 bilhões. Com a retomada do acordo, no entanto, as partes chegaram a um acordo e ação foi retirada.

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