Com medo da China, EUA querem melhores mísseis antinavio

© AFP 2023 / US NAVYUS Navy handout shows a Standard Missile Three (SM-3) being launched from the guided missile cruiser USS Shiloh
US Navy handout shows a Standard Missile Three (SM-3) being launched from the guided missile cruiser USS Shiloh - Sputnik Brasil
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Há muito tempo, os Estados Unidos se veem como a força naval mais competente do mundo. No entanto, a crescente força da China vem forçando estrategistas de Washington a repensar seu domínio, e a Marinha americana está prestes a gastar milhões em mísseis antinavio na primeira compra do tipo em décadas.

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A última vez que uma embarcação americana afundou outro navio aconteceu há 27 anos, quando o USS Simpson atacou um barco iraniano em retaliação a uma mina iraniana que atingiu um navio americano quatro dias antes. Desde então, Washington presume manter reinado soberano sobre os oceanos.

No entanto, a rápida ascensão da China no cenário global pode estar ameaçando o domínio americano, e o Pentágono está tentando reagir.

A Marinha americana confiou no mesmo modelo de míssil antinavio desde 1977: o Harpoon. Oficiais do país, no entanto, estão preocupados com o poderia da Marinha chinesa, que poderia ser capaz de destruir ou manobrar de forma a se esquivar de tais mísseis. Como resposta a essa preocupação, a Marinha dos EUA está analisando várias opções para modernizar suas armas de ataque.

Uma opção é adaptar o testado míssil Tomahawk. Embora confiável, o míssil foi projetado para atingir alvos imóveis em terra. O Pentágono começou a realizar testes em mísseis Tomahawk convertidos em janeiro, e oficiais acreditam que sua modalidade marítima pode ser usada nos próximos anos.

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A Marinha também busca criar sua própria versão do Míssil Antinavio de Longo Alcance, projetado originalmente para ser disparado de aeronaves.

Essas melhorias forçarão os inimigos dos EUA a "acordar e, em vez de se preocupar com porta-aviões e torpedos de submarinos, eles agora terão de se preocupar com todos navios de superfície e sua capacidade de atacá-los", disse o vice-almirante Thomas Rowden, Comandante da Força de Superfície da Marinha, em entrevista à Aviation Week.

Os EUA também consideram a possibilidade de distribuir seus esquadrões do Pacífico por várias bases aéreas, de Palau às Filipinas. Essa postura reduziria o impacto de uma ofensiva contra uma única base aérea americana.

"Nenhum desses lugares está fora do alcance de um ataque", disse David Ochmanek, ex-oficial sênior do Pentágono, segundo a Foreign Policy. "Mas se você colocar um número pequeno de aeronaves em muitos lugares, você limita sua vulnerabilidade e aumenta o custo do ataque."

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Oficiais militares dos Estados Unidos também se preocupam com a estratégia ampla na Marinha. Com mais de 300 navios em sua flotilha, Pequim vem rapidamente alcançando os EUA, o que pode ameaçar o acesso de Washington ao Pacífico. O Pentágono também teme o míssil balístico Dongfeng DF-21D, apelidado de "assassino de porta-aviões".

Esse cenário apresenta problemas para os EUA em áreas como o Mar da China Meridional, onde EUA e China discordam e vivem clima tenso. Em oposição à construção de ilhas artificiais por parte de Pequim no arquipélago Spratly, Washington enviou vários navios para patrulharem o limite territorial de 12 milhas das ilhas.

A China, por sua vez, sustenta que tem todo direito de construir dentro de seu território e afirma repetidamente que as instalações serão utilizadas principalmente para propósitos humanitários.

Se um conflito acontecer, o Pentágono não pode contar com uma vitória fácil. "Você perde navios, caças e pessoas", disse Ochmanek. "Nosso estabelecimento militar relutou a concluir isso. O desafios é tão conceitual quanto de equipamento."

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