China critica "mentalidade de Guerra Fria" na nova estratégia militar dos EUA

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Pequim expressou sua insatisfação com a nova Estratégia Militar Nacional divulgada pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, afirmando que o documento "exagera sem fundamento" a ameaça chinesa e demonstra que os EUA estão presos a uma "mentalidade de Guerra Fria."

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Na última quarta-feira, o Pentágono divulgou sua Estratégia Militar Nacional, um documento que traça os objetivos estratégicos das forças armadas americanas. Na quinta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que a Rússia "lamenta" a linguagem hostil usada em relação ao país e afirmou que o texto "sugere uma atitude de confronto sem objetividade alguma em relação a nosso país."

Nesta sexta, foi a vez de a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Hua Chunying, se manifestar. Ela afirmou que Pequim está "insatisfeita com o documento e se opõe a alguns conteúdos" e disse ainda que a estratégia "exagera sem fundamento e irracionalmente a ameaça chinesa."

Em seu comentário sobre a China, o Estratégia Militar Nacional alerta que "as ações da China estão adicionando tensão na região Ásia-Pacífico" e sugere que Pequim está engajada em "esforços agressivos em disputas territoriais" no Mar da China Meridional.

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Hua respondeu apontando que a China "já explicou claramente nossa posição sobre a questão da construção de ilhas e recifes no Mar da China Meridional várias vezes" e afirmou ainda que as ações da China são "legais, justificadas e proporcionais." A porta-voz sugeriu também que os EUA deveriam "livrar-se da mentalidade de Guerra Fria e adotar uma perspectiva isenta em relação à intenção estratégica da China."

Nos últimos meses, Washington criticou intensamente os projetos da China de construir ilhas no Mar da China Meridional, apesar de Pequim afirmar seguidamente que tem direito de construir no que alega serem suas águas territoriais. Os Estados Unidos, ao mesmo tempo, silenciam sobre as alegações de seus aliados, que também afirmam ter direitos territoriais nas mesmas águas. O governo americano aumentou patrulhas navais e exercícios na região, encorajando seus aliados a responder à suposta ameaça chinesa.

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