Hans-Peter Bartels, presidente da comissão de Defesa no Parlamento alemão, disse na segunda-feira que é a hora de a Alemanha começar finalmente a gastar o suficiente com as suas forças armadas.
"A qualidade e a quantidade do equipamento é um tema central" no seu trabalho como especialista do Bundestag (parlamento alemão) em questões militares, disse Bartels.
Ele sublinhou que as tropas alemãs tomaram parte nos primeiros exercícios na Polónia como parte da nova Força de Reação Rápida da OTAN, criada em resposta à interferência russa na Ucrânia.
Mas "para se ter o equipamento suficiente [para aqueles exercícios], foi preciso procurá-lo em todo o exército".
É preciso pôr fim a esse tipo de gestão de escassez o mais rápido possível, tendo em conta a situação política e de segurança drasticamente alterada", disse ele.
De acordo com Bartels, a Alemanha "não está realmente pronta para assumir um papel de liderança em questão de fornecimento de soldados e equipamentos para a força "ponta de lança" da OTAN".
Isso acontece por causa de financiamento reduzido das necessidades militares durante muitos anos, que forçaram o Bundeswehr (exército alemão) a criar um "sistema de gestão de disponibilidade dinâmico" — onde apenas 70 por cento de equipamento que seria necessário para todo o exército está em circulação em um dado momento.
Nos últimos meses, isso tem criado situações embaraçosas como soldados usando cabos de vassoura como metralhadoras durante exercícios da OTAN.
"Um batalhão de tanques sem tanques não é um batalhão de tanques", afirma Bartels.
"Precisamos de desenvolver a nossa capacidade de tomar parte da defesa coletiva na Europa. Para isso precisamos de ser completamente equipados."
