Qual seria o motivo de comemorarmos o Natal no dia 25 de dezembro?

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Para grande maioria dos cristãos, o Natal é considerado uma das festividades mais importantes.

Existem diversas respostas para essa questão, uma delas, é que os antigos cristãos comemoraram o Natal no dia do solstício de inverno.

Além disso, rezam as constituições Apostólicas do século IV, "respeitem os dias festivos e, acima de tudo, o dia do nascimento de Deus, celebrado no dia 25 do mês noveno".

Em 45 a.C, o imperador Caio Júlio César estabeleceu um calendário no qual a data do solstício de inverno caiu em 25 de dezembro. Na época, as festas eram dedicadas aos deuses romanos como Líbero, Dionísio ou Saturno. Entretanto, isso mudou com a chegada dos cristãos, que substituíram as festas pagãs pelas cristãs. Na ocasião, a festa foi chamada de "Aniversário do Invencível Cristo" ou "A festa das luzes".

Turistas posam para foto usando gorro de Papai Noel ao lado de uma árvore de Natal na praia de Bondi em Sydney, em 25 de dezembro de 2018 - Sputnik Brasil
Muitas luzes e compaixão, assim é comemorado o Natal pelo mundo afora
Segundo os cálculos do historiador cristão Pavel Kuzenkov, a data de 25 de dezembro é descendente do dia 6 de janeiro, isso devido à transição do calendário egípcio ao juliano.

Atualmente, o solstício de inverno é celebrado no dia 21 de dezembro devido ao ano astronômico que tem duração de 365 dias e pouco menos de um quarto do dia, fato que fez com que o solstício caísse no dia 22 de dezembro.

No século XVI, o atraso do calendário foi corrigido pelo Papa Gregório XIII com uma comissão científica. Sendo assim, em 1582, o calendário "perdeu" o atraso, ou seja, perdeu os dez dias de outubro, entretanto, a igreja ortodoxa russa utiliza a versão anterior do calendário, por esse motivo, o Natal na Rússia é celebrado no dia 7 de janeiro.

As datas do ponto de vista religioso estão vinculadas com os eventos astronômicos, pois, segundo a Bíblia, Deus criou os corpos celestes para "separar o dia da noite" e determinar "as datas, os dias e os anos".

Kuzenkov admitiu que o cristianismo "é uma religião mística e universal e não deve ter vínculos com fenômenos naturais. Um exemplo disso são os russos que celebram o Natal no inverno, enquanto que os argentinos celebram no verão".

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