Inteligência artificial 'acha' antepassado 'fantasma' do genoma humano

© Foto / Pixabay / sgrundenNeandertal (imagem referencial)
Neandertal (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 27.10.2021
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Ninguém sabe exatamente quem ela era ao certo, apenas que era uma adolescente humana pré-histórica de mais de 50 mil e bastante peculiar, pois parecia ser um humano "híbrido", algo que os cientistas nunca tinham visto.
Recentemente, os pesquisadores descobriram evidências de que essa adolescente não era a única de sua "espécie". Em um estudo de 2019, após ser analisada a complexa e confusa pré-história da humanidade, os cientistas utilizaram inteligência artificial para identificar uma espécie ancestral humana desconhecida, informa o portal Science Alert.
"Há cerca de 80 mil anos, ocorreu a chamada Saída da África, quando parte da população humana, que já consistia em humanos modernos, abandonou o continente africano e migrou para outros continentes, dando origem a todas as populações atuais", explicou o biólogo evolucionista Jaume Bertranpetit, da Universidade Pompeu Fabra, na Espanha, citado na matéria.
Como foram os humanos modernos a achar o caminho para a Eurásia, durante sua viagem também se reproduziram com hominídeos antigos de outras espécies.
Anteriormente, pensava-se que estes parceiros sexuais ocasionais incluíam humanos neandertais e denisovanos, desconhecidos até 2010.
Porém, neste estudo, um terceiro cromossoma de há muito tempo atrás foi isolado no DNA eurasiático, graças aos algoritmos de aprendizado estruturado profundo, que destacaram uma massa complexa de código genético humano antigo e moderno.
Usando uma técnica estatística chamada inferência Bayesiana, os cientistass encontraram evidências da chamada "terceira introgressão" - uma população "fantasma" com a qual os humanos modernos se cruzaram durante o êxodo africano.
Em seu artigo, os pesquisadores reiteram que é possível que esta terceira população na história da humanidade tenha sido, possivelmente, uma mistura entre os próprios neandertais e denisovanos.
No entanto, há ainda muita pesquisa a ser feita neste campo, sendo que o uso deste tipo de análise através da inteligência artificial é uma técnica nova no estudo da ancestralidade humana.
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