Sinais raros do espaço são captados com ajuda de novo detector de ondas gravitacionais

© Foto / Pixabay / ELG21Antena radiotelescópio (imagem referencial)
Antena radiotelescópio (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 22.09.2021
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Os sinais foram registrados em ambos os dias em que o novo detector esteve operacional.
Um grupo de pesquisadores da Universidade da Austrália Ocidental detectou sinais raros que poderiam ser ondas gravitacionais de alta frequência com a ajuda de um equipamento desenvolvido em colaboração com o Centro de Excelência para Física de Partículas de Matéria Escura do ARC (Conselho de Pesquisa da Austrália).
Acredita-se que as ondas gravitacionais foram produzidas por um buraco negro primordial (formado devido não ao colapso gravitacional de uma estrela, mas sim à extrema densidade do Universo no início de sua expansão após o Big Bang) ou uma nuvem de partículas de matéria escura.
A existência de ondas gravitacionais foi prevista por Albert Einstein, que afirmou que o movimento dos objetos astronômicos poderia enviar ondas na curvatura do espaço-tempo ao longo do Universo.
A previsão foi provada em 2015 com a primeira detecção de um sinal de onda gravitacional.
O registro ocorreu graças ao novo detector, projetado com o objetivo de detectar ondas gravitacionais de alta frequência, revela o estudo publicado na revista APS Physics.
O equipamento é dotado de um disco de cristal de quartzo, capaz de vibrar a altas frequências devido às ondas acústicas que o atravessam. Estas ondas geram uma carga elétrica detectada por placas condutoras colocadas nas superfícies externas do disco.
O equipamento foi conectado a um dispositivo supercondutor de interferência quântica, conhecido como SQUID, que funciona como um amplificador de sinais de baixa voltagem.
O conjunto foi esfriado para excluir o ruído térmico e protegido por escudos de radiação contra campos eletromagnéticos.
Agora, a equipe trabalha para determinar a natureza dos sinais detectados que, além de poderem ser ondas gravitacionais, também poderiam ser resultado da formação de tensão mecânica no próprio disco, de um evento meteórico, de um processo atômico interno ou inclusive da interação do detector com partículas massivas de matéria escura.
O professor Michael Tobar, membro da equipe, observa que "o desenvolvimento desta tecnologia poderia fornecer a primeira detecção de ondas gravitacionais a estas altas frequências", o que oferece "uma nova perspectiva" nesta área da astronomia de ondas gravitacionais.
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