Estudo revela DNA denisovano de mais de 7.000 anos na Indonésia

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Crânio de humano antigo (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 27.08.2021
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Pesquisadores da Universidade de Griffith, Austrália, estudaram o crânio de uma mulher de 17-18 anos pertencente aos caçadores-coletores toaleanos, e que difere de todos os seres humanos existentes hoje.

Arqueólogos encontraram evidências de DNA denisovano milenar na Indonésia, de acordo com uma declaração de quinta-feira (26) do portal Scimex.

Os cientistas, da Universidade de Griffith, Austrália, descobriram ainda em 2015 em uma caverna na ilha Wallacea o crânio de uma mulher de 17-18 anos de caçadores-coletores toaleanos, que data de há 7.200 anos, apelidada de Bessé'.

Segundo teorizam os pesquisadores, que publicaram o respetivo estudo na revista Nature, os ancestrais desse povo atravessaram o mar desde a Ásia continental, a caminho de Wallacea, até 65.000 anos atrás.

"Estes caçadores-coletores marítimos foram os primeiros habitantes de Sahul, o supercontinente que surgiu durante o Pleistoceno [Idade do Gelo], quando o nível global do mar caiu, expondo uma ponte terrestre entre a Austrália e Nova Guiné", explica Adam Brumm,  arqueólogo da Universidade de Griffith.

"Para alcançar Sahul, estes humanos pioneiros fizeram travessias oceânicas através de Wallacea, mas pouco sobre suas viagens é conhecido".

Os arqueólogos referem que o achado é uma das muito poucas evidências restantes dos toaleanos, e que a jovem tem uma composição genética diferente de todos os outros seres humanos estudados até hoje, incluindo dos habitantes presentes da ilha, partilhando DNA com os indígenas australianos modernos, bem como com pessoas da Nova Guiné e das ilhas do Pacífico Ocidental, o que sugere que seus antepassados não paravam suas viagens.

Além disso, a Bessé' parecia demonstrar DNA substancial dos hominídeos denisovanos, levando a equipe de cientistas a teorizar que havia um cruzamento significativo entre os primeiros humanos modernos e os denisovanos na Ásia.

"A descoberta de Bessé' e as implicações de sua ascendência genética mostram quão pouco entendemos sobre a história humana primitiva em nossa região, e quanto mais ainda há para desvendar", diz Brumm.

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