Cientistas resolvem mistérios das auroras polares de raios X em Júpiter (VÍDEO)

© Foto / NASA / JPL-CaltechAurora polar em Júpiter
Aurora polar em Júpiter - Sputnik Brasil, 1920, 11.07.2021
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Desde que foram descobertas, há 40 anos, os cientistas se perguntavam como essas auroras produziam rajadas de radiação a cada poucos minutos.

Um mistério cósmico de 40 anos foi desvendado. Pela primeira vez, astrônomos descobriram como funciona todo o mecanismo que provoca as auroras de raios X em Júpiter. Os resultados foram publicados na revista científica Science Advances na sexta-feira (9).

"Estas auroras não parecem atuar em uníssono como aquelas com que estamos familiarizados aqui na Terra […]. Pensámos que a atividade seria coordenada através do campo magnético de Júpiter, mas o comportamento que encontrámos é realmente intrigante […]. Em primeiro lugar, como é que Júpiter produz as auroras de raios X brilhantes e energéticas quando o vizinho [Saturno] não o faz e, em segundo lugar, como é que faz isso de forma independente em cada polo?", diz em comunicado o autor principal do estudo, William Dunn, sobre a questão que sua equipe queria responder.

Após recolher dados, os cientistas identificaram e cartografaram pontos quentes de raios X nos polos de Júpiter. As observações foram feitas continuamente ao longo de um período de 26 horas, enquanto Júpiter produzia rajadas de raios X a cada 27 minutos.

Cientistas finalmente descobrem o que causa aurora de raios X em Júpiter

'Fenômeno universal'

Os astrônomos descobriram que as explosões de raios X eram disparadas por vibrações periódicas das linhas do campo magnético de Júpiter. Essas vibrações criam ondas de plasma (gás ionizado) que enviam partículas pesadas de íons ao longo das linhas do campo magnético até que colidam com a atmosfera do planeta, liberando energia na forma de raios X.

"Agora sabemos que esses íons são transportados por ondas de plasma, explicação que não havia sido proposta antes, apesar de um processo semelhante produzir a própria aurora terrestre", enfatiza Dunn, sugerindo que poderia ser "um fenômeno universal, presente em muitos ambientes diferentes no espaço".

Não está claro ainda para os cientistas a razão de as linhas do campo magnético vibrarem periodicamente, mas a vibração pode se originar de interações com o vento solar ou de fluxos de plasma em alta velocidade dentro da magnetosfera de Júpiter.

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