NASA envia lulas do Havaí ao espaço para pesquisas que melhorariam saúde de astronautas

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Lula (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 22.06.2021
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Dezenas de bebês do gênero sepiolida (Euprymna scolopes) foram crescidos no Laboratório Marinho de Kewalo, da Universidade do Havaí, nos EUA, e foram enviados ao espaço no início de junho em uma missão de suprimentos da SpaceX para a Estação Espacial Internacnional (EEI).

A pesquisadora Jamie Foster, que terminou seu doutoramento na Universidade do Havaí, está estudando como o voo espacial afeta a lula, na expectativa de melhorar a saúde humana durante as missões espaciais longas, segundo o Honolulu Star-Advertiser.

A lula tem uma relação simbiótica com bactérias naturais que ajudam a regular sua bioluminescência. Quando os astronautas estão em baixa gravidade, a relação de seu corpo com os micróbios muda, segundo a docente Margaret McFall-Ngai, da mesma universidade.

"Descobrimos que a simbiose dos humanos com seus micróbios está perturbada na microgravidade e Foster mostrou que isso acontece com a lula", afirmou McFall-Ngai. "Como é um sistema simples, ela pode entender o que está acontecendo de errado."

Foster agora é a principal pesquisadora do programa da NASA que estuda como a microgravidade afeta as interações entre os animais e micróbios.

"Como os astronautas passam cada vez mais tempo no espaço, seu sistema imunológico se torna o que é chamado de desregulado. Não funciona tão bem", disse Foster. "O sistema imunológico deles não reconhece bactérias tão facilmente. Eles, às vezes, ficam doentes."

O que acontece com lula no espaço poderia ajudar a resolver problemas de saúde de astronautas. Os animais voltarão à Terra em julho.

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