Tartaruga de quase 100 milhões de anos tem fóssil raro descoberto nos EUA

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Tartaruga no oceano (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil, 1920, 21.05.2021
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Cientistas descobriram no sítio arqueológico Arlington, no Texas, um fóssil inédito de quase 100 milhões de anos de um tipo de tartaruga marinha adaptada à vida na costa.

A descoberta de uma nova espécie de tartaruga antiga está lançando luz sobre as migrações de répteis, difíceis de rastrear há cerca de 100 milhões de anos. Uma tartaruga adaptada à vida na costa, da espécie Pleurochayah appalachius, é descrita em um novo artigo publicado por um grupo de pesquisa de várias instituições na revista Scientific Reports.

A equipe de pesquisadores concluiu que a espécie pertencia a uma linhagem extinta de tartarugas Pleurodira, conhecidas como Bothremydidae, um ramo diversificado e geograficamente distribuído que ocupava uma ampla gama de nichos ecológicos. Pleurodira são tartarugas que podem retrair lateralmente suas cabeças em seus cascos.

© Foto / Brent Adrian / Universidade Midwestern Reconstrução da nova espécie de tartaruga fóssil Pleurochayah appalachius encontrada em sítio arqueológico no Texas, EUA.
Tartaruga de quase 100 milhões de anos tem fóssil raro descoberto nos EUA  - Sputnik Brasil, 1920, 21.05.2021
Reconstrução da nova espécie de tartaruga fóssil Pleurochayah appalachius encontrada em sítio arqueológico no Texas, EUA.

A pesquisa foi apoiada pela Sociedade Geográfica Nacional e o Museu Perot de Natureza e Ciência em Dallas, que faz a curadoria dos fósseis encontrados no sítio arqueológico Arlington. O local possui restos de um antigo delta de um rio do Cretáceo Superior que existia na área de Dallas-Fort Worth. Nessa área há vestígios de um antigo pântano de água doce, conhecido por inúmeras descobertas de fósseis, alguns ainda aguardando descrição.

Dentre eles está a Pleurochayah appalachius, agora catalogada como um tipo de tartaruga que foi um dos primeiros exemplos de dispersão intercontinental pelo grupo e é o fóssil mais antigo encontrado na América do Norte.

Esta nova espécie tinha uma combinação intrigante de adaptações morfológicas a um estilo de vida altamente aquático que provavelmente facilitou sua migração de longa distância. Seu úmero - osso da pata - mostra que elas se locomoviam com poderosas braçadas e tinham um modo de nadar semelhante a um remo, diferente das tartarugas marinhas modernas.

De acordo com o estudo, o crânio desta antiga tartaruga tem uma combinação única de características primitivas e mais modernas, que compartilha com outras espécies Bothremydidae.

"Esta descoberta fornece a evidência mais antiga desta espécie de tartarugas na América do Norte e expande nossa compreensão sobre as primeiras migrações dos botremydídeos extintos. Além disso, estabelece o sítio arqueológico de Arlington como uma unidade fóssil importante que está revelando as bases de uma fauna endêmica dos Apalaches", disse Brent Adrian, principal autor do estudo e especialista em anatomia da Escola Universitária de Estudos de Pós-Graduação Midwestern.
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