Encontradas perigosas 'bombas de calor' que destroem gelo marinho do Ártico (VÍDEO)

© Sputnik / Ilia TiminIceberg no Oceano Ártico, próximo à costa russa. Mudanças climáticas estimulam a exploração de recursos naturais
Iceberg no Oceano Ártico, próximo à costa russa. Mudanças climáticas estimulam a exploração de recursos naturais - Sputnik Brasil, 1920, 01.05.2021
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Novo estudo mostrou que uma quantidade sem precedentes de calor, as assim chamadas "bombas de calor", penetra nas águas geladas do Ártico, provocando o aquecimento do gelo por baixo.

Uma equipe de cientistas descobriu que umas "bombas de calor" compostas de água quente proveniente do oceano Pacífico estão acelerando o derretimento do gelo marinho no Ártico, segundo estudo publicado na revista Nature Communications.

A pesquisa, dirigida por oceanógrafos da Universidade da Califórnia, nos EUA, sugere que uma quantidade sem precedentes de calor vem através do estreito de Bering até as águas geladas do Ártico, aquecendo o gelo por baixo durante meses ou mesmo anos.

Graças a medições realizadas durante uma expedição em 2018 e a imagens obtidas por satélite, foi descoberto que a água de verão do Pacífico, mais densa e salgada, que os cientistas compararam com um "fluxo quente em um oceano frio", desliza sob as águas mais frescas do oceano Ártico, através de um processo de subducção.

Seu movimento cria bolsas d'água muito quentes, conhecidas como "bombas de calor", que giram como redemoinhos para o norte sob a camada de gelo, provocando seu derretimento.

​Estas bombas de calor giratórias podem durar de meses a anos, se movendo para o norte sob a camada de gelo principal perto do Polo Norte, desestabilizando esse gelo quando o calor nelas se difunde gradual mas firmemente para cima.

Os cientistas consideram que estas colunas quentes de água "fornecem tanto calor como propriedades biogeoquímicas únicas", contribuindo dessa forma para um ecossistema ártico em mudança. Ainda é desconhecido o impacto que esta mistura de matéria orgânica e química tem no ecossistema.

"A taxa de aceleração do derretimento do gelo marinho no Ártico tem sido difícil de prever com precisão, em parte devido a todas as complexas retroalimentações locais entre o gelo, o oceano e a atmosfera", explicou Jennifer MacKinnon, autora principal do estudo.

MacKinnon afirma que a pesquisa “mostra o grande papel que desempenha a água do oceano no aquecimento” como parte das reações mencionadas. Os pesquisadores esperam usar as novas descobertas para desenvolver melhores sistemas de previsões climáticas relacionadas com o derretimento dos glaciares e o aquecimento global.

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