Tumba gigante com esqueletos e artefatos é revelada em obra de estádio na península Arábica (FOTO)

© Foto / Instituto Regional de Relíquias Culturais e Arqueológicas de XinjiangSítio arqueológico onde a tumba de 3.500 anos foi encontrada na China
Sítio arqueológico onde a tumba de 3.500 anos foi encontrada na China - Sputnik Brasil, 1920, 14.04.2021
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Novo sítio arqueológico foi desvendado durante obras para o estádio e instalações de um clube esportivo em Dibba, nos Emirados Árabes Unidos. Na tumba de 49 metros quadrados havia dois mil artefatos e mais de 180 esqueletos.

Um novo sítio arqueológico foi descoberto em Dibba, cidade no sudeste da região de Mussandam dos Emirados Árabes Unidos. O local é conhecido por sua proeminência na história das batalhas e do comércio internacional no passado, mas agora ganhou importância arqueológica fornecendo evidências de que os fatos relacionados a ela não são contos populares, mas história real.

Dibba já era conhecida como um lugar que possuía um extenso assentamento antigo, além de ser um mercado internacional de destaque que era visitado por mercadores da Índia e da China, enquanto navegavam pelo mar da Arábia. Musandam foi também o local que os portugueses acharam ideal para uma base por sua localização estratégica devido à importância do estreito de Ormuz.

O novo sítio arqueológico Seih al-Deir foi descoberto na cidade durante a escavação para construção das instalações do Dibba Sports Club, de acordo com o Oman Observer. No local há várias sepulturas e a mais proeminente é uma tumba retangular com cantos ovais, com um comprimento de 14,75 metros, uma largura de 3,5 metros e uma área total de cerca de 49 metros. O relatório afirma que a tumba foi construída com pedras trazidas das montanhas circundantes e do vale próximo ao local.

Os arqueólogos descreveram o método de construção dessas tumbas antigas em relação aos projetos que eram conhecidos no período Umm al-Nar, que data entre 2.700 e 2.400 a.C. Na enorme cova, pelo menos 188 esqueletos foram encontrados junto com dois mil artefatos de bronze e esteatito, como adagas, machados, pulseiras, pontas de flechas e medalhas.

​As descobertas de Dibba lançam luz sobre túmulos antigos.

Nascido e criado na cidade, o dr. Faisal al-Shehhi, professor assistente em Estudos de Comunicação de Massa na Universidade de Tecnologia e Ciências Aplicadas de Suhar, diz que o nome Dibba é antigo e muito enraizado e é até considerado pré-islâmico.

"Geograficamente falando, o lugar é incrível no sentido em que há uma longa cadeia de montanhas perto da costa, então tem o mar e as montanhas. Fomos ensinados desde a infância que nosso lugar é histórico porque houve muitas batalhas que aconteceram no passado e temos um cemitério famoso que é conhecido como o cemitério dos chefes guerreiros e ainda está lá", contou dr. Al-Shehhi.

Curiosamente, machados ainda são populares em Musandam e considerados parte da cultura e do patrimônio, bem como do estilo de vida.

Exemplo de machado tradicional da região. 

"O machado é um símbolo proeminente da tribo Shehhi. Assim como o bastão é importante para outros, enquanto eles participam de cerimônias como casamentos ou um evento social especial. A tribo Shehhi residente na região de Musandam carrega o machado, que é um símbolo de coragem, bravura e história", observou ele.
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