Diamantes hexagonais artificiais provaram em testes que são mais rígidos e fortes que os naturais

© AFP 2023 / Fabrice Coffrini / Acessar o banco de imagensDiamante raro em formato de pêra, o "Unique Pink", de 15,38 quilates, foi vendido pela Sotheby’s por US $31,6 milhões
Diamante raro em formato de pêra, o Unique Pink, de 15,38 quilates, foi vendido pela Sotheby’s por US $31,6 milhões - Sputnik Brasil, 1920, 01.04.2021
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Pesquisadores comprovaram que os diamantes hexagonais artificiais são mais rígidos que os naturais cúbicos, e que poderiam ser uma alternativa para usinagem e perfuração, onde os diamantes naturais já são usados.

Os cientistas da Universidade Estatal de Washington (WSU, na sigla em inglês), EUA, comprovaram que os diamantes hexagonais criados no laboratório têm maior rigidez que os encontrados na natureza, assim como os aplicados em trabalhos de joalheria, segundo estudo publicado na revista Physical Review B.

O experimento foi realizado por cientistas do Instituto de Física do Choque da WSU, que criaram diamantes hexagonais suficientemente grandes para poder medir sua rigidez através de ondas sonoras.

"Agora fizemos a forma hexagonal de diamante, produzida sob os experimentos de compressão de choque, que é significativamente mais rígida e forte do que os diamantes de gemas regulares", disse Yogendra Gupta, o diretor do Instituto de Física do Choque.

Os pesquisadores usaram pólvora e gás comprimido para impulsionar pequenos discos de grafite a uma velocidade de 24 mil quilômetros por hora sobre um material transparente. O impacto gerou ondas de choque nos discos que rapidamente os transformaram em diamantes hexagonais.

Após o impacto, os cientistas criaram uma pequena onda de som e usaram laser para medir seu movimento através do diamante. Como o som se move mais rápido através do material mais endurecido, ao compará-los, comprovaram que o movimento era mais rápido nos diamantes criados em laboratório. Desse jeito, os pesquisadores verificaram a rigidez do elemento artificial, ou seja, sua capacidade de resistir à deformação sob uma força ou pressão.

Por sua vez, foi constatado que a dureza do material é a resistência às deformações superficiais. Segundo Travis Volz, autor principal do estudo, os materiais que são mais rígidos geralmente são mais duros. Embora os cientistas não pudessem arranhar os diamantes para testar diretamente sua dureza, medindo a rigidez dos mesmos, podem dessa forma fazer inferências sobre sua dureza.

"Os diamantes são usados há muito tempo em brocas, por exemplo. Desde que descobrimos que o diamante hexagonal é provavelmente mais rígido do que o diamante cúbico, poderia ser uma alternativa superior para usinagem, perfuração ou qualquer tipo de aplicação em que o diamante cúbico é usado", disse Volz.

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