Misteriosa 'medusa cósmica' é observada pela 1ª vez (FOTO)

© Foto / ESA / Hubble & NASA, E. Shaya, L. Rizzi, B. Tully, et al. / Brilho estelar em campo pretoGaláxia anã KK 246
Galáxia anã KK 246 - Sputnik Brasil, 1920, 18.03.2021
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Com ajuda do radiotelescópio MWA, os astrônomos observaram no espaço um evento cuja imagem em radiofrequência parece uma medusa.

Segundo os resultados do estudo, que foram publicados na revista The Astrophysical Journal, pesquisadores australianos e italianos utilizaram o radiotelescópio MWA do Observatório Murchison, na Austrália Ocidental, para observarem o enxame de galáxias Abell 2877.

Entretanto, a atenção deles foi atraída por uma misteriosa fonte sincrotrônica de espectro ultra-alto que parecia uma medusa com sua silhueta. Os astrônomos batizaram-na de USS Jellyfish.

© Foto / Torrance Hodgson, ICRAR / Universidade CurtinImagem de misteriosa "medusa cósmica" no enxame de galáxias Abell 2877
Misteriosa 'medusa cósmica' é observada pela 1ª vez (FOTO) - Sputnik Brasil, 1920, 18.03.2021
Imagem de misteriosa "medusa cósmica" no enxame de galáxias Abell 2877

Os cientistas observaram o fenômeno misterioso durante 12 horas em cinco frequências de 87,5 até 212,5 mega-hertz.

"Nós observávamos os dados e, reduzindo a frequência, notamos como começou a surgir uma estrutura transparente parecida com medusa. Embora em frequências comuns a imagem seja muito brilhante, em 200 mega-hertz a radiação praticamente desaparece. Nenhuma outra radiação extragaláctica observada antes desapareceu tão rapidamente", diz o principal autor do estudo, Torrance Hodgson.

Para explicar o espectro invulgar da "medusa cósmica" os autores realizaram uma espécie de investigação astronômica.

"Nossa hipótese de trabalho é que cerca de dois bilhões de anos atrás um punhado de buracos negros supermassivos de múltiplas galáxias ejetou potentes jatos de plasma. Este plasma escureceu, se apagou e ficou inativo", explicou o astrônomo. "Mas há pouco tempo, este começou a se misturar depois que ondas de choque muito suaves passaram pelo sistema. Isso acendeu o plasma de novo, iluminando por pouco tempo a medusa e seus tentáculos, que foi o que nós observamos."

Por seu tamanho no céu, USS Jellyfish estima-se ter mais de um terço do diâmetro da Lua, quando observado da Terra, e pode ser vista apenas com utilização de telescópios de baixas frequências.

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