Problemas cardíacos são diagnosticados em mais de metade dos internados com COVID-19 grave

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Médicos durante uma operação no coração - Sputnik Brasil, 1920, 18.02.2021
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Segundo novo estudo publicado no Reino Unido, mais de metade dos pacientes internados com forma grave de COVID-19 são diagnosticados com lesões cardíacas após a alta.

Os autores consideram isso consequência da infecção.

De acordo com resultados de uma pesquisa publicada na revista European Heart Journal, muitos pacientes internados com COVID-19, especialmente aqueles com forma grave, durante a fase crítica da doença, quando o organismo produz resposta imune excessiva à infecção, têm altos níveis da proteína troponina, indicador de inflamação no coração.

Os cientistas do Reino Unido e EUA observaram 148 pacientes que tinham níveis elevados de troponina no sangue. Um mês após a alta, os pesquisadores identificaram lesões graves do coração, entre as quais miocardite, fibrose ou perda de tecido e circulação sanguínea limitada, ou ainda a combinação de todos os três sintomas.

A chefe da pesquisa, professora de cardiologia no Colégio Universitário de Londres (UCL), Marianna Fontana, não descarta a possibilidade de estas lesões já existirem nos pacientes antes. No entanto, exames de ressonância magnética mostram que algumas delas são novas e, provavelmente, foram causadas pela COVID-19. Além disso, a especialista sublinha o caráter diferente destas lesões.

Segundo especialistas, o elevado nível de troponina em pacientes graves pode estar ligado em parte ao fato que eles já terem problemas cardíacos antes. No entanto, durante a doença grave, o coração sofre pressão adicional, o que leva a novas lesões. Há preocupações de que isso possa aumentar os riscos de insuficiência cardíaca no futuro.

Uma vez que as conclusões se baseiam em dados de pacientes com forma grave da doença, ainda não está clara a prevalência de lesões cardíacas nos pacientes recuperados com forma leve ou moderada da doença. Em qualquer caso, seria útil avaliar o teor de troponina em todos os infectados com SARS-CoV-2, afirmam os pesquisadores.

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