A pandemia da COVID-19 levou ao surgimento em hospitais de bactérias resistentes aos medicamentos existentes.
Os novos remédios podem ser criados com base em bacteriófagos, vírus que parasitam em células bacterianas e são capazes de destruí-las, segundo informou o chefe do laboratório de genômica e proteômica de microrganismos do Instituto de Medicina Experimental (IEM, na sigla em russo), na Rússia, Artemy Goncharov.
"Atualmente, a fagoterapia está ganhando novo fôlego [...] Surgem cada vez mais pesquisas dedicadas ao uso de bacteriófagos na luta contra infecções, principalmente contra doenças causadas por bactérias multirresistentes aos antibióticos", disse Goncharov.
Os cientistas propuseram uma estratégia de busca de bacteriófagos eficazes em ecossistemas naturais. A fonte mais promissora de bacteriófagos são, provavelmente, os ecossistemas das regiões polares de nosso planeta. O Ártico e Antártica podem fornecer bacteriófagos de alta virulência, conforme disse o cientista.
Durante as expedições à Antártica foi descoberto que os bacteriófagos podem ser encontrados em grande quantidade nos habitats de aves, inclusive de pinguins, e também em torno de lagos de água doce, adicionou o especialista.
"Outra parte dos estudos foi dedicada à procura de bacteriófagos no permafrost do Ártico russo, em particular, na Sibéria Oriental [...] Dados preliminares [...] mostram que os bacteriófagos podem ser extraídos de amostras de material paleontológico que é preservado no permafrost", destacou Goncharov.
Com base nessas pesquisas, no IEM foi criado um banco biológico de cepas de bacteriófagos, afirmou o cientista.
"Nossos próximos passos serão ligados à verificação da eficácia desses fagos no tratamento de infecções relacionadas à assistência médica e, em particular, no tratamento de infecções caracterizadas por extrema resistência aos antibióticos", revelou Goncharov.
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