Búzio mais antigo do mundo é tocado pela 1ª vez em 17.000 anos (VÍDEO)

© AFP 2023 / Georges GobetConcha foi encontrada na caverna de Marsoulas
Concha foi encontrada na caverna de Marsoulas - Sputnik Brasil, 1920, 11.02.2021
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A concha foi encontrada na caverna de Marsoulas, pertencente à cultura magdaleniana da última Era Glacial, e produz um som similar ao de uma trompa.

Carole Fritz, do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica, e Gilles Tosello, cientista do Centro de Pesquisa de Arte Pré-histórica de Toulouse, recuperaram o búzio marinho de 17.000 anos.

A concha, que tem 31 centímetros de comprimento e 18 centímetros de largura, foi tocada com a ajuda de um músico especializado em instrumentos de sopro, produzindo o som de trompa em três notas diferentes.

O estudo, publicado na revista Science Advances, dá pistas sobre uma dimensão musical antes desconhecida das sociedades europeias do Paleolítico.

"Isto estabelece uma forte ligação entre a música tocada com a concha e as imagens e representações nas paredes", explicou Gilles Tosello da Universidade de Toulouse. "Ao que sabemos, esta é a primeira vez que podemos colocar em evidência a relação entre música e arte rupestre na pré-história europeia".

"Este trabalho permite adicionar sons a uma época que conhecemos apenas através de imagens e objetos. Não temos qualquer informação sobre o idioma falado, cantos ou contexto acústico desta cultura", afirmou Tosello.

"Com esta concha podemos escutar como soava este momento da história", enfatizou.

​Escute o som desta antiga concha encontrada em uma caverna, um instrumento musical de 17.000 anos. "É a primeira gravação do som produzido por uma concha do Paleolítico Superior", afirmou Fritz.

O objeto foi descoberto pela primeira vez em 1931, contudo, naquela ocasião, seu descobridor pensou que o objeto era uma taça cerimonial e o guardou na coleção do Museu de História Nacional de Toulouse.

Após 20 anos trabalhando na caverna para estudar a arte rupestre, Fritz e Tosello descobriram a serventia da concha.

Através da fotometria, os cientistas analisaram o interior da concha, notando que havia nela um orifício adicional, que poderia ter sido utilizado para acomodar algum tipo de boquilha e cortes na outra extremidade, que serviriam para modular o som.

De acordo com os cientistas, a concha também mostra a capacidade dos antigos humanos de transformar um objeto complexo em um instrumento de sopro.

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