Pesquisadores do Instituto Francis Crick, Reino Unido, compararam estruturas das proteínas S dos dois vírus e descobriram que o vírus do pangolim é capaz de se ligar aos receptores não apenas em mamíferos, mas também em humanos, segundo o estudo publicado na revista Nature Communications.
A equipe de cientistas usou criomicroscopia eletrônica para descobrir em detalhes minuciosos a estrutura da proteína S do coronavírus de pangolins, que é responsável pela ligação e infecção das células. Descobriu-se que algumas partes da espícula do vírus são muito semelhantes às do SARS-CoV-2, outras áreas são diferentes.
Os cientistas ainda não têm provas definitivas que o vírus SARS-CoV-2 teria sido transmitido para o humano via esses animais, comentou Donald Benton, coautor do estudo.
"No entanto, mostramos que um vírus de pangolins poderia potencialmente passar para humanos, por isso apelamos à prudência em qualquer contato com essa espécie e à cessação do contrabando e venda ilegal de pangolins para proteção contra esse risco", explicou Benton.
Esta pesquisa não confirma que o vírus de pangolins faz parte da cadeia evolutiva do SARS-CoV-2, mas mostra diversos cenários de como o vírus poderia se ter transmitido para o ser humano.
Um dos cenários é que o SARS-CoV-2 provém de outro coronavírus de morcego, desconhecido atualmente, que poderia ter infetado pangolins e depois ter passado para os humanos.
Além disso, há probabilidade de que o vírus de morcegos poderia se ter mesclado com coronavírus de outra espécie intermédia.

A evolução do SARS-CoV-2 ainda tem muito por descobrir, mas quanto mais os cientistas souberem sobre ele, mais informação terão sobre seu funcionamento e desenvolvimento, de acordo com outro coautor da pesquisa, Steve Gamblin.
Brasil já registrou 9.524.640 casos, 231.534 mortes e 8.468.459 pacientes recuperados da COVID-19. No mundo há 106.227.670 casos confirmados, 2.318.696 óbitos e 59.250.298 recuperados do coronavírus.
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