Vacina da AstraZeneca tem baixa proteção contra variante de coronavírus da África do Sul, diz estudo

© REUTERS / Ricardo MoraesAgente da Saúde segura ampola da vacina contra COVID-19 desenvolvida pela Oxford/AstraZeneca, no Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 2021
Agente da Saúde segura ampola da vacina contra COVID-19 desenvolvida pela Oxford/AstraZeneca, no Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 07.02.2021
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A vacina contra a COVID-19 da Oxford/AstraZeneca parece oferecer proteção limitada contra a variante de coronavírus da África do Sul, segundo mostra um estudo a ser publicado na segunda-feira (8).

De acordo com o The Financial Times, o estudo envolve cerca de 2.026 participantes com idade média de 31 anos. Metade dos participantes recebeu placebo, já a outra foi inoculada com pelo menos uma dose da vacina da Oxford/AstraZeneca. Nenhum dos participantes morreu ou precisou de ser hospitalizado.

"O regime de dupla dosagem [da vacina] não mostrou proteção contra infeção leve e moderada da COVID-19 devido [à variante da África do Sul]", informa o estudo, citado pelo jornal.

Um porta-voz da AstraZeneca, no entanto, declarou que a farmacêutica já está trabalhando para adaptar sua vacina à variante sul-africana, para ter doses prontas entre setembro e dezembro.

Enquanto todas as vacinas contra a COVID-19 conseguiram ser relativamente eficazes contra a variante do Reino Unido, a variante da África do Sul suscita bastante preocupação da comunidade científica. A Johnson & Johnson e a Novavax já reportaram que suas vacinas mostraram ter menos capacidade protetora contra a nova variante sul-africana em testes clínicos conduzidos no país de origem da nova variante.

Pelo mesmo motivo, a Moderna já disse que vai reformular a sua vacina, para atingir a variante sul-africana.

Não obstante, no início deste mês, a Universidade de Oxford informou que a vacina da AstraZeneca teria provado sua eficácia contra a variante de coronavírus do Reino Unido.

Tulio de Oliveira, líder da Rede para Vigilância Genômica na África do Sul, contou ao Financial Times que os resultados do estudo foram "um alerta para controlar o vírus e aumentar a resposta à COVID-19 no mundo".

Na semana passada, a África do Sul recebeu um milhão de doses da vacina em causa, sendo as primeiras vacinas contra a COVID-19 a chegar no país de sua encomenda de 1,5 milhão feita ao Instituto Serum na Índia. Neste momento, qualquer revés na eficácia da vacina da Oxford/AstraZeneca teria um impacto crucial nos países em desenvolvimento.

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